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Garimpeiros intensificam invasão na Terra Yanomami
Líderes yanomami denunciam a invasão de suas terras, a disseminação de doenças e o incitamento dos índios contra as equipes de saúde. A presença militar na região não inibe a ação dos garimpeiros.

 

Povo Yanomami realiza assembléia anual
Encontro reuniu 217 líderes de 41 aldeias. No documento final, os índios cobram das autoridades ações mais enérgicas contra a presença de garimpeiros na Terra Yanomami.

 

Queimadas ameaçam Terra Yanomami
Aldeias temem a repetição do drama ocorrido em 1998, quando os incêndios em Roraima chamaram a atenção até mesmo da opinião pública internacional. Hoje, a fronteira leste da Terra Indígena é a região mais vulnerável.


Garimpeiros intensificam invasão na Terra Yanomami
Líderes yanomami denunciam a invasão de suas terras, a disseminação de doenças e o incitamento dos índios contra as equipes de saúde. A presença militar na região não inibe a ação dos garimpeiros.

Desde agosto último, os garimpeiros intensificaram a invasão à Terra Indígena Yanomami. A cada dois ou três dias, um avião chega à área com uma nova leva de invasores, sem esbarrar em qualquer obstáculo oficial, em defesa dos direitos indígena e do patrimônio da União. O número de intrusos vem aumentando nas regiões do Paapiú, Ericó, Parafuri, Yawarata, Alto Catrimani e Waiká.

A existência das bases militares na Terra Indígena Yanomami (Maturacá, Surucucus, Auaris) não inibem a ação dos invasores, que chegam a estimular conflitos entre os próprios Yanomami ao lhes darem espingardas e munição. Nos últimos quatro meses, seis índios foram mortos e outros quatro feridos gravemente por disparos dessas armas.

Os líderes da aldeia de Paapiú começaram a fazer um controle diário dos horários em que os invasores chegam à Terra Indígena Yanomami por uma pista clandestina (a pista “do Rangel”) na região. No dia 9 de dezembro, esses líderes denunciaram (carta abaixo) a ocupação de suas terras à Fundação Nacional do Índio (FUNAI). A iniciativa ainda não resultou em qualquer providência para conter a ação dos invasores.

O professor yanomami Márcio Hesina da aldeia de Haxiú também enviou correspondência (abaixo) à FUNAI, solicitando a presença da Polícia Federal na região do Yawarata enfatizando o fato de os garimpeiros promoverem o acirramento dos conflitos. “O povo Parafuri também tem espingarda e cartucho. Se tirar os cartuchos e as espingardas dessas regiões, a guerra vai acabar”, apela o professor, recordando que, nos ocasionais conflitos intercomunitários em que só se usavam flechas, arma tradicional do povo Yanomami, o número de vítimas era sempre muito menor.

Relato da equipe local de saúde da ONG URIHI- Saúde Yanomami do último dia 15 revela que, para facilitar sua presença ilegal nas áreas de mineração, os garimpeiros têm aliciado os Yanomami com presentes de comida e armas. Além disso, têm sido vetores da disseminação de doenças, principalmente doenças sexualmente transmissíveis, ao se envolverem com as mulheres indígenas. Para cooptar os índios, os garimpeiros oferecem também panelas, gravadores e outros utensílios. Os índios são incitados a agir com violência contra os agentes de saúde da URIHI que atuam nas aldeias. Uma funcionária chegou a ter sua cabeça sob a mira de uma espingarda, empunhada por um índio depois que ela se recusou a pagar-lhe por uma atividade que não havia realizado.

A influência dos garimpeiros sobre esses Yanomami tem feito com que os jovens exijam pagamentos exorbitantes por qualquer atividade ou auxílio que tenham prestado aos agentes de saúde que assistem as suas comunidades. Insuflados pelos garimpeiros, ameaçam quem lhes nega o que exigem, criando um ambiente de tensão que compromete as ações de saúde.

Esse tipo de manipulação dos Yanomami contra as equipe de saúde, muito comum durante a corrida do ouro em Roraima nos anos 1980, tem por objetivo afastar observadores que possam testemunhar contra a invasão da Terra Indígena Yanomami, minar o trabalho de assistência à saúde indígena e incentivar conflitos intercomunitários, como forma de, aos poucos, expulsar os índios das áreas de garimpo.

Segundo um outro relatório da URIHI, do total de mortes registradas nos últimos três anos em nove regiões da Terra Yanomami, 19% foram provocadas por conflitos entre aldeias. Deste percentual, a maioria foi ocasionada por ferimento com arma de fogo nas regiões onde há garimpos ativos (Surucucu e Parafuri/Arathaú).

Abaixo, a íntegra dos documentos elaborados nas aldeias de Paapiú e Haxiú (Surucucu)

De Paapiú

“Palavras sobre os garimpeiros
Comunidade dos Xokotha thëri pë

No local onde nós, da Maloca Papiu, moramos ainda há garimpeiros, eles não se acabaram, por isso nós Yanomami estamos muito tristes. Por isso nós fizemos este jornal. Nós, Yanomami, de diversas comunidades, mandamos este “jornal”, pois queremos que vocês falem com a Funai. “Sim, lá na Maloca Papiu há garimpeiros, expulsem-nos”, assim nós queremos incentivar que vocês façam. Nós também somos Yanomami, também somos índios, quando todos nos ajudamos, isso é bom. “Não, nós não alertaremos a Funai”, assim vocês não devem pensar. Na Maloca Papiu os garimpeiros são muitos, se espalharam, por isso estamos preocupados, pois há muito tempo eles se espalharam. Nós pensamos muito sobre isso. Há tempos que os aviões dos garimpeiros pousaram em nossas terras, por isso eles se multiplicaram. Em outros locais eles também já devem estar há muito tempo. Assim nós pensamos, não queremos que os garimpeiros degradem nossa floresta. Em agosto os aviões dos garimpeiros pousaram aqui, já se passou muito tempo desde então, por isso o número de garimpeiros cresceu.

Sim, a situação é essa, por isso vocês devem chamar pela Funai para que, rapidamente, expulsem os garimpeiros. Quando nós e outros Yanomami nos ajudarmos, ficaremos felizes. Hoje, não queremos voltar a morrer. Vocês não devem pensar assim: “Os Yanomami todos irão morrer”. Não queremos morrer. Por quais motivos deveríamos querer morrer? Não queremos voltar a morrer por isso não queremos garimpeiros em nossas terras. Quando vocês brancos que entendem nossa língua nos ajudam, ficamos felizes. Acabaram-se nossas palavras.”

“Maloca Paapiu, dia 9 de dezembro de 2002.

No dia 1 de agosto de 2002 um avião de garimpeiros desceu, as 7 horas da manha. No dia 2 outro avião desceu, as 8 horas. No dia 4, outro avião desceu, as 10 horas. No dia 5, outro avião, as 9 horas. No dia 11, outro avião, as 6 horas. No dia 12, outro avião, as 12 horas. No dia 14 o avião desceu as 9 horas. No dia 15 as 8 horas. No dia 16 desceu as 4 horas da tarde. No dia 18 as 3 horas. No dia 19 desceu as 8 horas.

No dia 22 de setembro o avião de garimpeiros desceu também. No dia 10 de outubro de 2002 um avião desceu as 7 horas. No dia 12 outro avião desceu, as 10 horas.
Dia 20 outro avião, as 8 horas. No dia 23, as 11 horas.
Em dezembro de 2002, no dia 7 um avião desceu as 8 horas.
Os aviões desceram na Pista do Rangel.

Foram nestas luas que os aviões dos garimpeiros desceram.
Por isso, nós Yanomama mandamos este documento novo a vocês da FUNAI. Mandem com rapidez a polícia para expulsar os garimpeiros.

Nós, Yanomama, não gostamos dos garimpeiros, pois eles carregam muitas doenças. Por isso, nós chamamos vocês e a polícia. Quando vocês da polícia chegarem expulsem os garimpeiros. Assim vocês nos disseram mas vocês demoraram em vir, por isso nós, Yanomama, estamos muito tristes.

Quando vocês da polícia vierem nós mandaremos outro documento. Venham rapidamente. Quando nós Yanomama chamamos vocês, venham rapidamente. Não tenham preguiça. Quando vocês tiverem preguiça de vir nós Yanomama ficaremos muito tristes.

Assim pensam as lideranças”.

“Maloca Papiu, janeiro de 2003

Sim, lá onde moram os outros Yanomami que brigam entre si (região do Surucucus) um garimpeiro dá a eles espingardas. Ele faz com que os Yanomami atirem uns nos outros, por isso ele está acabando com muitos Yanomami. Este garimpeiro casou-se com uma mulher Yanomami. Depois que ele consegue o ouro ele pede espingardas a Boa Vista. Os Yawaratau thëri “possuem” este branco por isso eles e os moradores do Surucucus (Pirisi thëri pë e aliados) atiram uns contra os outros.

Os Yanomami de lá falam apenas com espingardas, por isso o garimpeiro as dá para eles. Por isso as brigas entre os Yanomami de lá não terminam, pois o garimpeiro não para de dar cartuchos para as espingardas. Em troca do ouro os Yanomami de lá pedem muito por cartuchos. O garimpeiro possui uma mulher Yanomami, por isso sabe falar muito a língua Yanomami. Os Yawarathau thëri pë ameaçam os outros Yanomami, por isso acabam com os que moram no Surucucus. A situação está assim, por isso vocês da Funai devem mandar a Polícia Federal para os Yawaratau thëri pë.

Nós tencionávamos ver este garimpeiro mas, como nós não gostamos dos garimpeiros, ele nos detesta. Por isso, ele disse assim: “Vocês da Maloca Papiu não gostam de nós, garimpeiros, por isso se vocês vierem aqui eu os matarei”. Assim o garimpeiro disse a nós, por isso nós não fomos.”

“Palavras das comunidades da Maloca Papiu

Quando fomos onde os garimpeiros estão nós pegamos alguns de seus pertences: uma espingarda, um rádio, bolsa, documentos. Nós fizemos assim, no dia 24 de agosto (de 2002). Nós vimos os garimpeiros e a destruição que eles fazem na floresta. Eles também destroem a serra.

Esses garimpeiros possuem muitos animais, como galinhas. Eles possuem muita comida, como bananas, mandioca, mamão. Por isso pode aumentar o número deles.

Lá, eles acabam com nossa terra, por isso nós queremos explica a situação para vocês, da Funai. Mandem a Polícia para lá. Já há muito tempo que nós Yanomami conversamos com vocês da Funai mas vocês não nos respondem. Como vocês pensam sobre isso? Vocês não ouvem nossas palavras? Vocês que detêm o nome de Operação Yanomami, por que vocês ficam sem fazer nada? Quando vocês agem assim não é nada bom para nós, Yanomami. Vocês fizeram uma Operação mas por não terem feito outras novamente há ainda garimpeiros em nossa terra.

Nós queremos que vocês façam outra operação. Quando vocês vierem à nossa floresta nós queremos explicar sobre os garimpeiros a vocês, da Funai. Quando nós Yanomami falamos muito e forte, sem desistir, nossas palavras não se acabam. Se vocês não fizerem rapidamente outras operações talvez seja porque vocês não queiram ajudar a gente. Nós pensamos assim, pois vocês não nos respondem. “Não vamos mandar a polícia”, é assim que vocês pensam? Vocês não são nossos amigos? “Não vamos ajudar os Yanomami”, é assim que vocês pensam?.”

De Haxiú (Surucucus)

“Haxiú, 16 de fevereiro de 2003

Sim, não deixem os Yanomami morrer!

Sim, FUNAI vocês mandem a Polícia Federal tirar os garimpeiros da região do Yauratha, eles continuam dando cartuchos para os Yanomami, Os Yanomami estão se matando. Então, mande mesmo a Polícia Federal pegar as espingardas e os cartuchos. O povo do Parafuri também tem espingarda e cartucho. Se tirar os cartuchos e as espingardas dessas regiões, a guerra vai acabar !

Ao Chefe da FUNAI, mande a Federal! Assim eu penso.

Todos nós, Yanomami, estamos muito tristes, por isso eu fiz esse jornal.
Sim, tomem as espingardas dos Yanomami! Assim vai acabar a guerra.
Tomem as espingardas dos Moxahwi, do Yarima, do Yaurattha e do Waputha. Se tomar todas as espingardas, as brigas vão acabar.

Nós estamos pensando assim! Se não tirar as espingardas, não vai acabar a guerra.
Se guerrearmos só com flechas, ficará mais difícil morrer. Assim, os Yanomami não ficarão muito zangados. Se poucos Yanomami morrem, a guerra vai diminuir.

A FUNAI tem que fazer isso mesmo!

Nós todos Yanomami estamos muito tristes.

Nós e outros Yanomami, que não fazemos guerra, ficamos muito tristes e fizemos este jornal.

Sim, chega.

Márcio Hesina – Professor Yanomami – Haxiu Thëri.
Região de Surucucu”.


Povo Yanomami realiza assembléia anual
Encontro reuniu 217 líderes de 41 aldeias. No documento final, os índios cobram das autoridades ações mais enérgicas contra a presença de garimpeiros na Terra Yanomami.

O povo Yanomami realizou, dia 18 último, a sua assembléia anual, com a participação de 217 líderes, representantes de 41 aldeias. As conclusões do encontro foram enviadas ao Ministério Público Federal, aos Ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e da Justiça.

Os líderes indígenas denunciam o aumento de garimpeiros em suas terras e cobram das autoridades providências urgentes para a remoção dos invasores. Cobram também uma ação mais enérgica dos militares – há dois Pelotões de Fronteira e instalações do SIVAM perto das áreas invadidas – para coibir o ingresso de garimpeiros, muitos procedentes da Venezuela. Reivindicam também a expulsão dos fazendeiros invasores de suas terras (região do Ajarani) que, além do mais, distribuem bebidas alcoólicas aos índios.

Abaixo, a íntegra do documento aprovado na Assembléia:

“Terra Indígena Yanomami

Aldeia Waromapi, 18 de fevereiro de 2003

Ao
Ministério Público Federal
Ministério do Meio Ambiente
Ministério da Defesa
Ministério da Justiça

Nós lideranças yanomami reunidos em assembléia elaboramos este documento.
Os garimpeiros continuam em nossa floresta e por isso nós yanomami nos dirigimos às autoridades brasileiras para que elas tomem providências. O número de garimpeiros está aumentando nas regiões do Paapiú, Ericó, Parafuri, Yawarata, Alto Catrimani e Waikás. As autoridades devem retirar imediatamente os garimpeiros porque nós não queremos que as epidemias voltem a matar o nosso povo.

Os fazendeiros também continuam em nossa floresta, na região do Ajarani. As autoridades também devem retirar estes fazendeiros imediatamente. Se eles não forem retirados logo, eles continuarão destruindo nossa floresta. Nós estamos muito revoltados porque estes fazendeiros estão dando bebida alcoólica para os Yanomami.

Perto das nossas aldeias já existem três quartéis, em Maturacá, Surucucu e Auaris. Nós não queremos outro quartel em nossa floresta. E também não concordamos com a ampliação da pista de pouso em Surucucu, como pretendem os militares, porque ela já é bastante grande.

Quando os militares quiserem fazer alguma coisa em nossa floresta, é necessário primeiro consultar todas as lideranças yanomami para que haja um acordo. Nós nunca fomos consultados e é por isso que o comportamento dos militares em nossa terra é na maioria das vezes irresponsável: o lixo não é tratado adequadamente; é oferecida bebida alcoólica aos indígenas; são mantidas relações sexuais com as nossas mulheres; e os garimpeiros não são retirados de nossa floresta.

Por que os militares não retiram os garimpeiros venezuelanos que entram na nossa floresta, no Brasil?

Nós Yanomami também não queremos as antenas do Sivam próximas às nossas aldeias. O Sivam foi instalado em nossa floresta, mas quais benefícios que isso trouxe para nós? Se vocês querem proteger a nossa floresta é importante que antes todas as lideranças yanomami sejam consultadas. Como nós nunca fomos consultados, nós ainda não sabemos o que é o Sivam. As antenas do Sivam já foram instaladas perto das nossas aldeias, em Ajuricaba, Aracá, Maiá, Parafuri e Ericó. Nós queremos entender como funciona o Sivam e para quê. Quando o Sivam começar a identificar os aviões dos garimpeiros nós vamos acreditar na sua utilidade.

O Ibama quer se apoderar da floresta dos Yanomami. O Ibama quer proteger a nossa floresta através da Floresta Nacional (de Roraima e Amazonas), mas esta vai contra a Constituição brasileira feita pelas autoridades. Isto que o Ibama chama de Flona, não é dele. Esta é verdadeiramente a floresta dos Yanomami, e é por isso que nós defendemos com todas as nossas forças. Nós não queremos a Flona !

Nós lideranças yanomami estamos falando diretamente aos corações das autoridades brasileiras.

Participaram da Assembléia 217 Yanomami, das seguintes aldeias: Perekapiu, Heramapi, Tirei, Pakirapiu, Wanapiu, Apiahiki, Okarasipi, Watoriki, Perisi, Roko, Hakoma, Saula, Kadimani, Hawarihixapopë, Mauxixiu, Porá, Arapari, Makiu, Mauxiu, Maamapi, Waromapi, Poohohipii, Kaume, Tihinapii, Yamaraaka, Hehupii, Maimasi, Paari, Mararau, Kitao, Simoko, Nomarixitiu, Tirei II, Asimiu, Kopou, Ericó, Parafuri, Uraricoera, Alto Mucajaí, Baixo Mucajaí, Apiau.”



Queimadas ameaçam Terra Yanomami
Aldeias temem a repetição do drama ocorrido em 1998, quando os incêndios em Roraima chamaram a atenção até mesmo da opinião pública internacional. Hoje, a fronteira leste da Terra Indígena é a região mais vulnerável.

O avanço dos desmatamentos e das queimadas no estado de Roraima está preocupando os Yanomami. Os líderes temem a repetição da catástrofe ocorrida em 1998, quando a maior parte do estado foi afetada por incêndios florestais de grandes proporções e a quantidade de fumaça espalhada no ar praticamente isolou o estado pela impossibilidade de tráfego de aeronaves.

Hoje, a fronteira leste da Terra Yanomami, entre Apiaú e Ajarani, está bastante vulnerável devido aos inúmeros incêndios provocados nas áreas de colonização adjacentes, a partir de Mucajaí, Iracema, Rouxinho, Apiau, Caracaraí, entre outras. Em alguns locais, o fogo já ultrapassou a linha de demarcação da Terra Indígena Yanomami.
Desde o dia 11 de fevereiro, Roraima está em estado de alerta máximo.

O Comitê de Combate a Incêndios proibiu a prática de queimadas nos municípios de Iracema e Mucajaí. Até dia 10 último, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) havia emitido um total de 2.180 autorizações de queimadas. Deste total, 281 foram para o município de Amajari (Trairão e Bom Jesus), 995 para o Cantá (Félix Pinto e Confiança III) e 904 para Mucajaí (Apiaú e Samaúma).

A preocupação dos Yanomami é a mesma das brigadas contra incêndios, principalmente em relação aos agricultores que fazem queimadas sem autorização. O comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Edivaldo Cláudio Amaral, avisou que intensificará o acompanhamento das queimadas autorizadas para evitar a perda de controle do fogo e a ocorrência de incêndios em todo o estado.

Ele advertiu ainda que medidas enérgicas, inclusive com responsabilização criminal, serão tomadas contra os agricultores que deixarem o fogo invadir a floresta. Nas últimas frentes de combate aos focos de incêndio, foram empregados 150 bombeiros militares, 63 civis e 143 brigadistas.


..Coordenação Editorial: Alcida Rita Ramos, Bruce Albert, Jô Cardoso de Oliveira


 

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