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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 17 - Março - 2003
Titulo: Ministra do Meio Ambiente ouve denúncias e propostas dos Indígenas de Roraima
Fonte: Especial para o Conselho Indígena de Roraima

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reuniu-se com cerca de 60 lideranças do Conselho Indígena de Roraima – CIR e Associação dos Povos Indígenas de Roraima – Apir, de quem ouviu propostas para combater as queimadas e denúncias de degradação ambiental nas terras indígenas  provocada por rizicultores e outros invasores não indígenas. A reunião aconteceu às 17 horas desta segunda-feira, 17/03, na sede do CIR, da qual também participaram o presidente do Ibama, Marcus Barros e a secretária da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Mary Alegretti.

O coordenador do CIR, tuxaua Jaci José de Souza,   explicou à ministra que o Conselho está solicitando aos tuxauas das 238 comunidades que representa, a não fazer roças utilizando queimadas para evitar o alastramento dos incêndios que já formam uma linha de 70 quilômetros no Estado e avançam sobre as terras indígenas.

Durante todo o dia de hoje, Marina Silva esteve em Roraima para verificar, in loco, os problemas causados pelas  queimadas e discutir soluções com todos os segmentos da sociedade roraimense. A ministra contou que nos últimos cinco dias, o Governo Federal assumiu o comando das ações de combate aos incêndios na floresta e lavrado e disse ainda que toda ação nas terras indígenas deve ser tratada de forma diferenciada e a partir das propostas formuladas pelas lideranças e comunidades.

Em nome do CIR e da Apirr, o tuxaua Jaci José de Souza,  entregou à ministra Marina Silva um documento contendo denúncias e reivindicações dos indígenas. As entidades denunciam a ação de rizicultores na terra indígena Raposa/Serra do Sol que “estão causando danos irreparáveis à natureza”.

Na região dos rios Cotingo, Tacutu e Surumu os rizicultores destruíram grande parte da mata ciliar dos rios e igarapés e vêm usando agrotóxicos que contaminam as fontes de água e levam doenças aos indígenas das comunidades próximas. “Temos a esperança que estes relatos possam servir de ponto de partida para a busca de soluções emergentes, mas tememos que com o ciclo de novas plantações se agravem as conseqüências”, alertam os indígenas.

No documento, eles pedem apoio para a homologação da Terra Indígena  Raposa/Serra do Sol e denunciam a degradação ambiental causada pelo lixo das vilas e unidades militares instaladas nas aldeias Surucucus e Awaris, na terra Yanomami, e em Uiramutã, na terra dos Macuxi, Wapichana, Ingaricó, Taurepang e Patamona.

A ministra informou que está em discussão, no âmbito do Governo Federal, a possibilidade das comunidades indígenas receberem uma compensação para recorrer às queimadas, benefício semelhante ao seguro safra - hoje destinado a trabalhadores rurais do Nordeste. Ela se comprometeu, ainda, a apresentar ao presidente Luis Inácio Lula da Silva as propostas dos indígenas.

“Vamos analisar esse documento com as questões específica que os índios apresentaram, como a questão das suas terras, a homologação da Raposa/Serra do Sol e outros aspectos que, muito embora não sejam ligados ao Ministério do Meio Ambiente, mas que sempre tiveram de nós uma ação solidária no Congresso Nacional”, comprometeu-se Marina Silva.

Ela também manifestou confiança no encontro do presidente Lula com as lideranças indígenas, caso seja confirmado nos próximos dias sua presença no Estado de Roraima. “Com certeza da mesma forma que eu, ele (o presidente Lula) irá se reunir também com as representações de vocês”, prevê a ministra.

Contaminação pelos rizicultores -  Há cerca de três semanas, documento com igual teor foi entregue ao presidente do Ibama, Marcus Barros. O assunto já é de conhecimento dos técnicos do órgão. O diretor de proteção ambiental do Ibama, Flávio Montiel, informou que só depois de resolvido o problema das queimadas, os técnicos do Ibama junto com a 6ª Câmara do Ministério Público Federal irão analisar as denúncias feitas pelos indígenas.

“Nós temos um relatório, feito no final do ano passado, que aponta para potenciais danos ambientais e para os quais algumas medidas precisam ser tomadas”, revela Montiel. Em vista da dimensão do problema, o Ibama vai fazer vistoria nas áreas afetadas, junto com a discussão sobre os danos ambientais e a questão fundiária.

Para Flávio Montiel é preciso fazer um processo de desintrusão que extrapola a competência do Ibama. “E isso tem que envolver o governo do Estado porque foi ele que estimulou a ida desse pessoal e não apresentou nenhuma alternativa para retira-los de lá”, conclui.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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