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Foto Nonato Souza
Bombeiros
vão combater o fogo em Alto Alegre
Desde sábado,
39 bombeiros vindos do Estado do Amazonas, estão na região do Paredão, em Alto
Alegre, para ajudar no combate às queimadas. Segundo o Corpo de Bombeiros a
situação no local é considerada crítica devido à intensidade e o número de focos.
A missão
dos bombeiros amazonenses no Paredão deve durar dez dias, tempo que trabalharão
ao lado dos 32 homens que já estavam efetivamente no local.
Ao todo,
em Roraima existem 12 bases avançadas de combate ao fogo, compostas por um efetivo
de bombeiros militares e brigadistas municipais. Esses profissionais estão atuando
em áreas consideradas de alto risco para a eclosão de grandes incêndios florestais,
em especial nos assentamentos rurais do Incra (Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária).
Segundo
o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Edivaldo Cláudio Amaral, essas
ações foram implementadas no sentido de priorizar a realização das queimadas
controladas em conjunto com os agricultores, para evitar que fujam do controle
e se transformem em grandes incêndios.
Apesar
de todo o esforço do Corpo de Bombeiros e demais instituições engajadas no combate
ao fogo, as localidades de Apiaú e Samaúma (Mucajaí), Roxinho e Campos Novos
(Iracema), Paredão (Alto Alegre) e Serra Grande e Confiança (Cantá), apresentaram
número excessivo de queimada durante o período de feriado prolongado do carnaval.
"Isso
resultou em considerável aumento dos focos de incêndio, ocasionando a destruição
de várias lavouras, pontes, pastos, residências, morte de animais e problemas
de saúde da população das proximidades", disse Amaral.
Além da
questão climática, a situação foi agravada pela escassez de água para o consumo
das pessoas e o combate ao fogo. Por causa desse conjunto de fatores, o Corpo
de Bombeiros solicitou ajuda do Exército e demais instituições.
FOCOS
- Até sexta-feira, os satélites da sala de monitoramento do Corpo de
Bombeiros registraram 4.318 focos de calor - que dependendo da temperatura,
podem ser considerados como focos de incêndio. A situação tende a se agravar
caso persistam as condições climáticas atuais, com altas temperaturas e escassez
de chuvas.
Diante
do quadro, a Defesa Civil solicitou e recebeu apoio do Ibama (Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) que deslocou para Campos Novos recursos
humanos, materiais, apoio aéreo e brigadistas de outros Estados com objetivo
de combater incêndios na reserva indígena Yanomami. Inicialmente, o órgão havia
priorizado apenas as unidades de conservação.
Ao longo
desses meses de forte calor, a Defesa Civil realizou 858 ações, sendo 354 vistorias
e fiscalizações, 287 queimadas controladas e 217 combates ao fogo.