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Yanomami na Imprensa
Data: 24 - Abril - 2003
Titulo: Coordenador garante redução de tuberculose entre os índios
Fonte:
Brasil Norte – Amílcar Júnior
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Serão
R$ 8 milhões destinados à Urihi, quase R$ 7 milhões ao
CIR, R$ 5 milhões à Diocese de Roraima
Ipojucan Carneiro,
coordenador geral da Funasa: Ainda temos
mais R$ 2 milhões em recursos diretos para os municípios que
atuam com a saúde do índio
Mesmo com a manutenção das verbas de 2002 para 2003, aproximadamente
R$ 22 milhões a Roraima, o coordenador-geral da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), Ipojucan Carneiro, garante a redução
da tuberculose em áreas indígenas.
Segundo ele, a queda nos casos vem ocorrendo devido a adaptação
de um novo modelo de combate à doença. “Antes, trazíamos
o índio infectado a Boa Vista, mas hoje ele e sua comunidade são
tratados onde moram”, informou.
Em 2001, foram registrados 45 casos de tuberculose e uma morte em área
indígena roraimense. No ano passado, o número subiu para 46 casos,
em reserva Ianomami, e 16 entre os índios Macuxi.
A partir do ataque à infecção nas comunidades, nos primeiros
quatro meses deste ano, apenas dois casos foram registrados em território
Ianomami. Ainda de acordo com Ipojucan, o trabalho atual da Funasa está
surtindo efeito.
Atualmente, quando há registro da doença, médico e técnico
deslocam-se até a comunidade atingida. “Com a nova abordagem, todos
recebem o atendimento adequado e, assim, evitamos a propagação
da doença”, explicou o coordenador.
Ipojucan informou ainda que, em 2001, os índios infectados eram internados
na Casa de Cura, em Boa Vista. “Mas com o término do convênio,
mudamos a abordagem de tratamento e começamos a atuar dentro das próprias
comunidades”, ressaltou.
União
mantém para Roraima R$ 22 milhões à saúde do índio
Sobre a disponibilidade dos recursos, o coordenador da Funasa, em Roraima, Ipojucan
Carneiro, explicou que não houveram cortes, mas a manutenção
das verbas. Para cobrir todo o País, a Funasa e Secretaria Especial de
Saúde receberam em 2002 cerca de R$ 240 milhões. Do total, destinado
exclusivamente à saúde indígena, R$ 22 milhões chegaram
a Roraima no ano passado.
A
previsão é que a mesma quantia também chegue ao Estado
ainda este ano. Mas Ipojucan ressaltou que, dos R$ 22 milhões, R$ 8 milhões
são destinados à Urihi, ong que cuida da saúde dos índios
Ianomâmi, quase R$ 7 milhões ao CIR, que cuida das demais etnias
indígenas, e R$ 5 milhões à Diocese de Roraima.“Ainda
temos mais R$ 2 milhões em recursos diretos para os municípios
que atuam com a saúde do índio”, finalizou o coordenador.
A etnia Ianomami é a mais assistida.
Coordenadores
discutem saúde indígena
Todos os coordenadores dos programas de DST/Aids da Região Norte estão
participando, até o dia 26 próximo, da Macro Regional Indígena
em Porto Velho (RO). O objetivo da reunião é integrar e articular
a participação dos parceiros na elaboração de um
Plano de Estratégias e Ações para promoção
de saúde e prevenção de DST/Aids, álcool e outras
drogas e hepatite entre os povos indígenas.
Além da elaboração do Plano, os representantes de cada
Estado da Região Norte, devem participar diretamente de decisões
para reduzir os números de casos desses tipos de doenças na população
indígena, embora em Roraima, no Distrito Sanitário Yanomami, ainda
não tenha nenhum registro da doença.
DST/AIDS
Logo depois desse encontro, os coordenadores partem para Palmas (TO) para participarem
da III Reunião Macro Norte de DST/Aids, que acontece nos dias 29 e 30
deste mês. Na pauta, os representantes irão tratar de assuntos
referentes ao financiamento do programa Aids III, que será um novo convênio,
com duração de um ano, o qual visa destinar verba para a manutenção
dos programas estaduais.
Será nessa reunião que o valor global deverá ser definido.
Também está na pauta a elaboração de um documento
retratando a realidade da Região Norte frente às DST/Aids e abordar
o projeto Nascer, que tem o objetivo de diminuir os casos de Aids e Sífilis
em crianças recém-nascidas. Esse projeto está sendo implantado
nas maternidades de cada Estado que tenha número superior a 600 partos
por mês.
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Coordenação Editorial:
Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)
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