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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 12 - Junho - 2003
Titulo: Visita do Ministro Márcio Thomas Bastos à Roraima
Fonte: Folha de Boa Vista - Parabólicas

A iminente decisão do governo federal sobre a demarcação da área indígena Raposa/Serra do Sol, está estreitamente ligada à pressão que as organizações não governamentais, sob inspiração européia e americana, exercem sobre o estado brasileiro nas questões indígenas e ambientais. Quem tem a mínima informação sobre o que se passa, a nível ideológico em escala planetária, sabe que à utilização desses dois componentes - causa indígena e meio ambiente - se transformaram na principal estratégia dos países desenvolvidos, para evitar a exploração das riquezas naturais - água, recursos minerais e biodiversidade - nos países de extensão territorial como o Brasil.

A recente invasão americana ao Iraque e a postura contrária das potências européias, exceção da Inglaterra, indicam que do ponto de vista econômico, é do interesse dos países ricos, dividir a economia planetária em três mercados gigantes; a Alca (sob hegemonia norte-americana), a Comunidade Econômica Européia (um condomínio político sob a tutela da França, Inglaterra e Alemanha) e o Mercado Asiático (liderado pelo Japão, China e Rússia).

É essa a lógica do capital internacional, e qualquer país emergente que ameace a estruturação desses mercados, precisa ser controlado, principalmente se for grande como o Brasil, e que facilitado pela ligação física, tiver amplas possibilidades de liderar um mercado sub-regional como o Mercosul, ampliado.

É nesse contexto que surge o papel estratégico das organizações não governamentais, como instrumentos para frear as possibilidades de desenvolvimento de países, capazes de incomodar o interesse das grandes economias mundiais, que se debatem pela disputa de um mercado em flagrante recessão. As ongs se encaixam como uma luva no esquema, afinal, se apresentam como organizações sociais sem pátria, sem controle do estado e pela própria natureza, incapazes de serem controladas pelos governos nacionais.

A esmagadora maioria das ongs, como se sabe, não tem compromisso ético e moral, a não ser com os objetivos específicos para as quais foram criadas, obedientes aos que financiam seus gastos. Todo mundo sabe que na busca de seus objetivos, essas instituições distorcem despudoradamente dados, simulam teorias catalíticas e utilizam quaisquer meios sem peias morais e éticas, levando ao limite, a máxima de que "os fins justificam os meios".

O aspecto menos falado, e talvez o mais perverso, na atuação das ongs, é que elas organizam as minorias, que a peso do dinheiro que recebem, conseguem inverter a natureza do estado que deveria decidir em atendimento à vontade da maioria. E não estamos falando de minorias étnicas, sociais ou raciais; são elites econômicas e intelectuais, que se impõem ao governo apesar de tudo. Como dissemos acima, em matéria de política indigenista e ambiental, o governo brasileiro vem sendo pautado e influenciado decididamente pelas ongs.

Tudo o que dissemos até agora, se encaixa como uma luva para definir a atuação das organizações não governamentais na questão indígena roraimense. Numericamente seus militantes são insignificantes; não têm compromisso com o desenvolvimento do estado, a maioria deles não mora aqui e mesmo entre os índios, atuam entre a porção minoritária da população indígena local. Apesar de tudo isso, seguramente têm mais influência junto ao governo federal, que toda a sociedade roraimense organizada, seus dirigentes, parlamentares, políticos e até da maioria da população indígena local, que deseja uma solução consensual para o imbróglio.

OTIMISTA

O deputado estadual Aírton Cascavel(PPS), diz ter ficado otimista depois da visita do ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos à Assembléia Legislativa, na tarde da terça-feira. "Sou obrigado a confiar na sinceridade do ministro quando ele diz que veio para ver e ouvir todos, sem posição pré-concebida. E não seria possível pensar o contrário, afinal, na ALE estava representada toda a população de Roraima", disse o parlamentar.

BOM SINAL

Uma simples manifestação de preocupação do ministro da Justiça, pode ser um sinal revelador de que a questão da Raposa/Serra do Sol, ainda não está decidida. Durante a explanação do governador Flamarion Portela(PT), na Assembléia Legislativa, Márcio Thomaz Bastos indagou do vice-governador Salomão Cruz(PFL) que estava ao seu lado, se tudo aquilo estava escrito. Diante da resposta afirmativa, disse: "Quero levar este material para Brasília".

COTA

As poderosas organizações não governamentais têm como próxima meta, convencer o governo brasileiro a deixar pelo menos 50% da área territorial da Amazônia, dentro de reservas indígenas, florestas nacionais e reservas biológicas. Roraima já deu sua cota para tanto; tem quase 60% de sua área nessa condição. Se não fosse por sua extensa linha de fronteira, com certeza já estaria livre das pressões. Aliás, o senador Mozarildo Cavalcanti(PPS), tem um Projeto de Emenda à Constituição, fixando esse limite em cada estado.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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