Selecione o Periodo:
De
   
Até
 

 



Clique e acesse o projeto Cartografia Yanomami
 
Clique e acesse !
 
Clique e acesse !

 

Pesquisa Geral
 

Brasília,     


.  

 

 

 


Untitled Document

Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 25 - Julho - 2003
Titulo: ONG afasta risco de extinção da população yanomami
Fonte: CCPY – Comissão Pró-Yanomami, Boletim nº 39

Malária, tuberculose, onconcercose, desnutrição infantil, verminose, sarampo, gripe, coqueluche. O avanço desse conjunto de doenças, até 1999, quase dizimou a população yanomami. A explosão da malária na Terra Indígena Yanomami provocada pela invasão maciça de garimpeiros, entre o final dos anos 80 e início da década de 90, levou à morte quase 15% dos Yanomami. Os indicadores epidemiológicos revelavam que a sobrevivência dessa etnia estava seriamente ameaçada pelas constantes epidemias e pelo altíssimo índice de mortalidade que delas decorria. Face ao real risco de extinção dos Yanomami, o governo brasileiro teve que tomar providências urgentes de proteção.

Em 1991, demarcou a Terra Indígena Yanomami. A área estava totalmente invadida por garimpeiros, atraídos pela notícia da existência de grandes jazidas de ouro e de cassiterita na área indígena divulgada pelo Projeto Radam. Com a demarcação da área, o governo brasileiro lançou a Operação Selva Livre para a retirada dos garimpeiros.

Diante da extrema crise de saúde que assolava os Yanomami, chamando a atenção da imprensa nacional e internacional, foi implantado o sistema de saúde que daria lugar à criação do Distrito Sanitário Yanomami sob a coordenação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa-Ministério da Saúde) e com a colaboração de diversas outras instituições, incluindo ONGs. Era a primeira iniciativa no país de funcionamento de um Distrito Sanitário Especial Indígena. Mas as recorrentes invasões de garimpeiros, a ausência de assistência no lado venezuelano e, principalmente, as dificuldades do governo para garantir cobertura médica a todas as comunidades marcaram a década de 90 com preocupantes indicadores epidemiológicos que continuavam a pôr em risco a sobrevivência do povo Yanomami. Para cada dois índios, um estava infectado pela malária. Durante os anos 90, a doença foi a responsável pelo maior número de mortes registrado.

Ao lado da malária, os Yanomami também foram vítimas de outras doenças infecciosas, como tuberculose, infecções respiratórias agudas e coqueluche, causadoras de elevados índices de mortalidade. Os dados daquela época revelam que a média do coeficiente de mortalidade infantil era de 157, cerca de cinco vezes maior do que o índice verificado na população brasileira. Se levarmos em conta que uma parcela expressiva dos casos não foi notificada e que muitas aldeias ficavam sem qualquer assistência durante meses, a situação deve ter sido muito mais grave do que a revelada nos relatórios da década.

Várias dificuldades impediram que a Funasa desempenhasse satisfatoriamente ações diretas de saúde nas comunidades indígenas, sendo o Distrito Sanitário Yanomami o caso mais trágico desse fracasso. As principais causas foram, por um lado, os obstáculos impostos pela legislação que regula a seleção, contratação e gerência de servidores públicos federais e, por outro, a natureza específica do trabalho médico em áreas indígenas. Os resultados negativos obrigaram o governo a rever a sua estratégia e optar pela terceirização das atividades de assistência às comunidades indígenas, por meio de parcerias com organizações indígenas e não-governamentais.

A partir de 2000, criaram-se algumas parcerias entre a Funasa e as ONGs que, nos anos 90, haviam trabalhado com sucesso na assistência aos Yanomami em suas regiões de atuação.

O aproveitamento da experiência profissional e da vocação indigenista dessas ONGs marcaram o início da recuperação das condições de saúde e de vida dos Yanomami.

Untitled Document
Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


  Para informações adicionais favor enviar

  e-mail para o escritório central da
  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

Comissão Pró-Yanomami © 2007
A comissão incentiva a veiculação dos textos desde citadas as fontes.