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Yanomami na Imprensa
Data: 5 - Agosto - 2003
Titulo: Tuberculose nas áreas indígenas está sob controle, afirma Funasa
Fonte:
Folha de Boa Vista
Dados da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) mostram que a tuberculose está sob controle nas áreas indígenas. Neste ano, seis casos foram detectados, sendo dois no Amazonas. No ano passado, foram 39 índios com a doença, mas 24 do Estado vizinho.
A incidência da doença entre índios é cinco vezes maior que a registrada nos não índios. Segundo o coordenador da Funasa, Ipojucan Carneiro, na região da reserva indígena yanomami - onde tem cerca de 11.020 índios distribuídos em 112 comunidades - a situação foi controlada.
Já no Distrito Especial da Saúde Indígena Leste (Disei-Leste), o coordenador ressaltou que as equipes da Funasa continuam na fase do controle da doença. "Todos os casos que já existem estão em tratamento, que dura seis meses. E os que surgem iniciamos o uso da medicação".
Todos os índios doentes são tratados na própria comunidade. Em casos graves, são encaminhados para a Casa do Índio, em Boa Vista, onde é feito o controle radiológico.
Ipojucan Carneiro disse que dos casos detectados durante os anos de 2001, 2002 e 2003, cerca de 50% são da população indígena da Guiana, a nordeste do Estado, e Venezuela, ao norte. Quando isso ocorre, ele afirmou que o tratamento é feito na Casa do Índio porque nesses dois países não há tratamento.
No Distrito yanomami, todas as 112 comunidades são assistidas por 28 pólos-bases (postos de saúde mais estruturados) e as do Disei-Leste, que conta com 27 mil índios distribuídos em 235 comunidades, tem 187 unidades, entre postos e pólos.
MORTES - Dados nacionais divulgados pela Funasa mostram que entre 1993 e 1994 as mortes atribuídas à doença correspondiam a 3,9% do total ocorridos nas aldeias. Em 2000, de cada mil indígenas, 1,7 morria de tuberculose. No ano passado, esse número caiu para 0,7 por cada mil habitantes.
O estudo revela ainda que a cura da doença entre os índios aumentou de 78%, em 2000, para 81,9% no ano passado. O número de pacientes indígenas que abandonaram o tratamento também diminuiu. Em 2001, 11,8% não levavam o tratamento até o fim, contra 8,4% em 2002.
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Coordenação Editorial:
Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)
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