Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Data: 26 - Outubro - 2003
Titulo: Roraima de agora
Fonte: Brasil Norte

O deputado federal Chico Rodrigues (foto), em pronunciamento efetuado no grande expediente da Câmara, lembrou os 15 anos de criação do estado de Roraima, celebrado no último dia 5. No levantamento das potencialidades daquela unidade federativa, ele denunciou a atuação de ONGs internacionais e “missões religiosas” que tentam “sedimentar espaços territoriais na disputa por suas riquezas”.

O parlamentar fez levantamento da situação política e econômica do estado, ao apontar problemas gerados com a criação da “Nação Ianomâmi”, na Venezuela, à época em que Carlos Andrés Pérez presidia aquele vizinho país. No lado brasileiro, acrescentou, “o então presidente, Fernando Collor de Mello, promoveu uma extensão daquela “nação”, destinando a 2 mil e 500 índios uma área “correspondente ao tamanho da Itália”.

O representante roraimense afirmou ainda que a administração do presidente Lula, “pressionada por diversas organizações ditas indígenas”, assinou a homologação de mais de 604 mil hectares de terras para diversas etnias, “quase que inviabilizando Roraima”. E se confessou bastante preocupado com aguardada decisão do governo federal acerca da homologação de área indígena na Raposa/Serra do Sol.

Para Chico Rodrigues, em vez de promover a integração do índio, como preconizava o marechal Rondon, “o Brasil está abrindo mão de seus legítimos direitos e interesses, curvando-se a pressões exercidas por multinacionais e ONGs desconhecidas”. No seu entendimento, isso significa “o abandono de nossos vastos recursos naturais”.

O deputado fez referência ao desempenho de “outro grande patriota”, o Barão do Rio Branco, “brasileiro inesquecível que através de negociações e batalhas jurídicas garantiu o contorno que hoje exibe o mapa brasileiro”. Ao finalizar, enfatizou que nações de países ditos ricos querem “tapar o Sol com a peneira de argumentos pífios, escondendo o massacre de seus indígenas, em política deliberada, enquanto exigem do Brasil um comportamento que jamais tiveram”.

Deferência Principal crítica da reforma tributária, a governadora Rosinha Matheus teve a primazia de conhecer, em primeira mão, o conteúdo do parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Recebeu a informação na terça-feira, em mais um gesto de reverência do partido ao Rio de Janeiro. Explicando tudo direitinho antes, o PMDB também conteve a rebeldia da governadora.