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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 18 - Dezembro - 2003
Titulo: Yanomami expulsam quatro garimpeiros
Fonte: CCPY – Comissão Pró-Yanomami, Boletim nº 45

Um grupo de índios Yanomami, da região do Paapiú, prendeu, dia 1º de dezembro, quatro garimpeiros que invadiram a Terra Indígena por uma pista clandestina identificada como Feijão Queimado. Os invasores carregavam espingardas, munição e bastantes suprimentos – 30 quilos de feijão, igual quantidade de arroz e bananas. Os garimpeiros foram levados ao posto da Fundação Nacional do Índio e se recusaram a revelar para quem estavam trabalhando e quem os havia transportado até a área.

Conforme relato do líder João Davi Maraxi, aldeia Pakarapiu (Paapiú Novo), os invasores tentaram fugir e só não conseguiram graças à vigilância atenta dos Yanomami. Segundo ele, a captura dos invasores se deve a um novo comportamento adotado pelos índios. Hoje, os Yanomami estão mais conscientes da necessidade de vigiar o seu território e atentos a qualquer presença estranha na floresta. “Os napëpë (brancos) não desistem, por isso estamos atentos, vigiamos nossos rios, nossa floresta”, diz João Davi.

A presença dos garimpeiros provocou grande indignação entre os Yanomami, temerosos da possibilidade de recrudescimento das invasões em suas terras, com graves danos à saúde do grupo e aos seus recursos naturais. Segundo João Davi, os índios alertaram os garimpeiros que irão confrontá-los se estes voltarem a invadir suas terras. As discussões entre os Yanomami e os garimpeiros foram difíceis porque os índios falavam na sua língua e os garimpeiros não entendiam, embora João Davi servisse como tradutor. A maioria dos índios advertiu os invasores de que a Terra Yanomami não lhes pertence. As mulheres também falaram na língua Yanomami, recordando a dor e as perdas que sofreram com a morte de filhos, maridos e velhos das aldeias, além dos danos causados aos recursos naturais, degradando a qualidade de suas vidas. Afirmaram que “nunca mais” terão amizade pelos garimpeiros.

João Davi deixa claro no seu relato que os índios da comunidade Kayanau, bem como os da Maloca Paapiú e do rio Mucajaí, não estão mais dispostos a tolerar os invasores. “Todos nós moramos ao longo de um único rio, por isso não queremos mais garimpeiros. Queremos apenas os enfermeiros, professores, aqueles que curam, ensinam e ajudam”, afirma o líder indígena.

Segundo ele, somente os profissionais da saúde e da educação são capazes de ajudar os índios a crescer, a acabar com as doenças, afugentando as epidemias, e levando escolas para as aldeias.”Nós conservamos e valorizamos os que agem assim conosco. Não queremos os que não ensinam, os que degradam as águas”.

Depois de dois dias no posto da Funai, os garimpeiros foram retirados da Terra Indígena Yanomami num avião da própria Funai. João Davi espera que os invasores estejam presos em Boa Vista e que não voltem mais à Terra Indígena.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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