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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 2 - Janeiro - 2004
Titulo: Garimpeiros - a praga das terras indígenas
Fonte: Site da Funai - Notícias

Há cerca de um mês, o jornal Folha de Boa Vista publicou uma matéria a respeito alguns garimpeiros que, supostamente, teriam sido torturados por índios Yanomami. De acordo com relato dos garimpeiros, eles tiveram rasgadas as suas roupas, seus corpos pintados de urucum e os cabelos raspados com terçado (facão).

Tais garimpeiros foram presos dentro da Terra Indígena Yanomami. Eram invasores. Os Yanomami já demonstraram, por diversas vezes, que não aceitam mais a entrada de garimpeiros, ou qualquer outro tipo de invasores, em suas terras. O jornal não publicou nada a respeito do sofrimento dos Yanomami, que perdura até os dias de hoje, em função da passagem dos garimpeiros em suas terras. O jornal não falou do desastre. Em decorrência dessa atividade ilegal, os garimpeiros, além da poluição dos rios, resultado do lançamento do mercúrio em suas águas, provocaram conflitos entre os índios, desestruturam famílias, levaram doenças venéreas, tuberculose, surto de gripe, provocando morte entre os índios.

Mas eles não estão contentes com o mal que já causaram aos Yanomami. Agora, para facilitar a garimpagem, acharam um meio de semear a discórdia entre os índios: estão distribuindo armas de fogo a diferentes grupos. A Constatação foi feita pelo Administrador da Funai em Boa Vista(RR), Martinho Alves. O Administrador já está ultimando os preparativos para desarmar os índios. A meta é trocar as armas por materiais como machado, facões e sementes, necessários ao plantio das roças de subsistência daquela comunidade indígena De acordo com o Administrador da Funai em Manaus, Benedito Rangel, que também tem índios Yanomami sob a sua jurisdição, armas de fogo em poder dos índios, vai comprometer o equilíbrio social tradicional, onde as questões eram resolvidas por outros métodos. “Agora”, explica Rangel, “os grupos armados estarão em vantagem e o conflito não será mais resolvido com arco e flecha”. Além desse desequilíbrio, há ainda, a falta de habilidade dos Yanomami para manusear arma de fogo. Vários índios já foram vítimas de disparo acidental.

E não ficam por aí os problemas levados pelos garimpeiros. Há, em função das invasões, os gastos com as constantes operações de fiscalização. Além disso, salienta Rangel, há também os crimes ambientais provocados pelo mercúrio, tráfico de drogas e evasão de riquezas. Segundo ele, os garimpeiros já retiraram da Terra Indígena Yanomami cerca de R$6 milhões em ouro, e nada disso ficou para os índios, para o Estado de Roraima ou para a União. (Mário Moura)

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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