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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 13 - Fevereiro - 2004
Titulo: Jéferson Perez demonstra raro conhecimento sobre Roraima
Fonte: Brasil Norte

Ao se manifestar na audiência pública sobre a demarcação de terras indígenas ontem pela manhã, o senador Jéferson Pérez (PDT/AM) deixou claro que não tomou parte na comissão externa que esteve em Roraima na semana passada apenas para fazer figuração. Embora tenha permanecido apenas um dia no Estado, ele tem na ponta da língua detalhes importantes sobre a problemática fundiária roraimense.

“Esta visita a Roraima me deu a convicção de que estão dando tratamento uniforme para duas questões completamente diferentes, no caso as demarcações das terras indígenas Yanomami e Raposa/Serra do Sol. Eu fui um entusiasta da reserva Yanomami. Os índios vivem ainda em estado primitivo, existe homogeneidade étnica, ausência de ocupação por não índios, a floresta é densa. Não há o que discutir. Fizeram muito bem em demarcar da forma como foi feita”.

Já a Raposa/Serra do Sol, de acordo com Pérez, é exatamente o contrário: “Os índios estão integrados com os não índios, existe heterogeneidade étnica, ingaricó, wapichana, macuxi e taurepang, se falarem suas línguas jamais se entenderão, até porque o ramo lingüístico aruak está tão distante do karib quanto o português do inglês”.

O senador disse ainda que essas etnias são muitas vezes hostis umas às outras. Além disso, ao contrário da reserva Yanomami, na Raposa/Serra do Sol há a presença de não índios com posse legítima há muitas gerações, além de duas cidades instaladas, uma delas, Uiramutã, desde 1911. “Sem se falar na miscigenação. É difícil saber quem é índio, quem é descendente de índio”.

O senador também destacou outra diferença. Raposa/Serra do Sol, observou, está em área de lavrado (savana), não havendo portanto risco de devastação. E ressaltou que os não índios presentes são pequenos proprietários. “Quando se fala de conflito entre fazendeiros e índios, parece que está se falando de senhores feudais oprimindo os pobres coitados, quando não é isso”.

Ele fez outras ponderações: “Por que só os índios que são contra a demarcação são manipulados pelos fazendeiros, como afirmam as ONGs? Ora, eu tenho experiência para saber quando estou lidando com marionetes e, ao contrário, ouvi depoimentos muito incisivos de índios em Roraima”.

O senador ainda denunciou que a terra indígena Raposa/Serra do Sol vai absorver o Parque Nacional do Monte Roraima, uma área preservada e de riquíssima biodiversidade. “Não haverá garantia nenhuma de que a preservação será mantida, uma vez que estes índios são aculturados e terão que desenvolver atividades econômicas para sobreviver”. Para Jéferson Pérez, o resultado mais óbvio é que a terra indígena, após demarcada, se transforme em um paraíso para os narcotraficantes, como já ocorre em outras regiões de fronteira na Amazônia.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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