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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 9 - Março - 2004
Titulo: Crime na Reserva - PF muda estratégia para capturar garimpeiros que mataram servidor
Fonte: Folha de Boa Vista

Após dez dias de perseguição intensiva na selva da reserva Yanomami, região de Paapiu, noroeste de Roraima, a Polícia Federal mudou a estratégia para tentar capturar os garimpeiros acusados de assassinar um agente da Funai.

A delegada federal Adriana de Araújo Corrêa, que coordena a operação, explicou que a PF está investigando de forma mais precisa a localização dos suspeitos.

“Estamos mudando para um trabalho de inteligência mais complexo, fortalecendo as investigações na cidade. Estamos nos deslocando paulatinamente, conforme recebemos informações do paradeiro dos garimpeiros, mas acreditamos que eles continuam na selva”, explicou.

Segundo a delegada, o local das investigações é de difícil acesso. Conforme são feitas as averiguações, as equipes progridem até os locais onde possam existir possíveis acampamentos de garimpeiros dentro da reserva.

A Funai continua colaborando com as investigações, mas os 11 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal, que tinham, vindo de Brasília, foram embora. “Esse grupo tem um trabalho direcionado para ações imediatas e, como passamos para um trabalho mais investigativo, a presença deles não era mais necessária. Apenas os policiais do Amazonas e os agentes locais continuam na investigação”, explicou Adriana Corrêa, acrescentando que a busca deve continuar até a prisão dos envolvidos. “Nós só vamos encerrar a operação quando encontrarmos esses garimpeiros”.

Embarcação
No dia 26 de fevereiro, o administrador da Funai em Roraima, Martinho Andrade Júnior, flagrou um grupo de garimpeiros no rio Couto Magalhães, próximo ao local onde o servidor da Funai Valdes Marinho foi executado.

O administrador comunicou o fato aos agentes da Polícia Federal que tentaram chegar ao local usando um helicóptero caçador da PF e uma aeronave bimotor. Devido à falta de condições para operar, o helicóptero não pôde pousar com os policiais para capturar os suspeitos.

Assim que percebeu a presença da polícia, o grupo de garimpeiros abandonou o barco e fugiu mata adentro. A polícia não conseguiu chegar até a embarcação.

O Crime
O indígena da etnia Xerente, Valdes Marinho Lima, 39, foi morto a tiros no dia 23 de fevereiro, quando tentava prender os garimpeiros que invadiram a terra indígena.

Na versão divulgada oficialmente, a equipe da Funai, composta de sete servidores, chegou ao local onde se encontravam os garimpeiros, por volta das 18h do dia 22, e foi recebida a tiros por homens fortemente armados.

Os servidores revidaram, fazendo com que os garimpeiros fugissem, abandonando a draga onde trabalhavam. No dia seguinte, os agentes da Funai que tinham permanecido na draga apreendida foram atacados pelos garimpeiros, que portavam armas de grosso calibre.

Valdes, que fazia a guarda, levou um tiro na região do tórax, disparado de espingarda calibre 12mm, morrendo na hora. Pegos de surpresa, os outros servidores, seis ao todo, fugiram para a maloca Paapiu em busca de socorro.

MISSÃO
Três dias depois, 40 policiais federais foram para a selva com a missão de capturar os assassinos. Cada uma das equipes estava sendo guiada por um policial federal de Roraima, com conhecimento da região e das rotas de fuga que podem ser usadas pelos garimpeiros. O retrato-falado de um dos garimpeiros suspeitos chegou a ser divulgado. O homem tem aproximadamente 38 anos, moreno, com barba, cabelos e olhos castanho-escuros. O retrato foi divulgado após o depoimento dos funcionários da Funai, testemunhas do crime.

A PF já tem o nome completo de três dos cinco garimpeiros suspeitos de envolvimento no crime. Os nomes não foram divulgados, segundo a polícia, para não atrapalhar as investigações.

HOMENAGEM
O Posto Indígena Xerente, da Funai de Tocantínia, em Tocantins, terá o nome do funcionário Valdes Marinho, uma homenagem ao servidor assassinado quando investigava a atuação de garimpeiros em terras Yanomami.

Por causa do crime, a Funai pretende incluir na reestruturação dos cargos e do plano de carreira do órgão o poder de polícia aos funcionários da Fundação, que é uma antiga reivindicação dos servidores da casa. (C.C)

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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