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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 3 - Junho - 2004
Titulo: Professores Yanomami iniciam curso de informática voltada para o ensino
Fonte: Folha de Boa Vista

Os índios yanomami estão em franco processo de integração cultural. Ontem, a Secretaria de Educação juntamente com a Comissão Pró-Yanomami [CCPY] realizou no Centro de Estudos Supletivo Maria da Glória, a aula inaugural do III curso de informática básica e produção de material didático para professores yanomami.

Na aula inaugural, o professor Dário Vitório Xiriana, da região do Demini, traduziu [na língua yanomami] os discursos dos convidados para os 24 professores que atuam nas áreas indígenas do Demini, Tootobi, Alto Catrimani, Paapiú, Romoxi e Novo Paapiú, onde ministram aulas de ciências, ecologia e matemática de 1ª e 2ª séries do ensino básico. O objetivo do curso é que a partir deste treinamento, os professores elaborem e produzam o material didático em computadores para facilitar a aplicação das disciplinas aos povos das comunidades onde atuam.

O coordenador do Programa de Educação Intercultural [PEI], da CCPY, Marcos Wesley de Oliveira, disse que esta é a terceira fase do curso que forma professores yanomami de 38 escolas (sob responsabilidade da Comissão) para o magistério indígena.

Todos os participantes integram o projeto de formação de professores iniciado em 2001. Ele informou que o projeto é realizado em duas modalidades. Uma delas o curso intensivo com duração máxima de 30 dias, quando são reunidos todos os professores, em Boa Vista ou em alguma aldeia da terra indígena yanomami.

Outra modalidade é de acompanhamento pedagógico, ou seja, estágio supervisionado, quando os assessores de campo da CCPY que falam a língua yanomami percorrem as aldeias e trabalham junto aos professores. Para isto, estes assessores contam com sete postos de apoio instalados nas regiões das comunidades indígenas yanomami.

Nestes postos, os funcionários da Fundação Nacional do Índio - Funai, Urihi, CCPY, que são profissionais de saúde ou educação, têm um espaço com energia solar onde foram instalados computadores conseguidos através de doações exclusivamente para o trabalho das escolas.

Cada professor indígena recebe da CCPY, uma bolsa de R$ 100,00, e esperam ser remunerados pelo Estado. “Estamos pleiteando junto à Educação, uma remuneração para cada um deles. Eles já receberam suas carteiras de identidade, o que é um passo para alcançar este objetivo. Temos a promessa de negociação para definir a remuneração” disse. No curso iniciado ontem, os professores vão aprender a utilizar o computador como recurso tanto na edição quanto na diagramação do material que será elaborado por eles. O curso será intensivo nos turnos da manhã e tarde até o dia 18 de junho. Ao final, os professores deverão estar aptos a elaborarem o material didático que será utilizado na educação dos povos indígenas.

Para atendê-los, a Secretaria de Educação cedeu 04 técnicos e 24 computadores com scanners e impressoras que darão suporte às atividades desenvolvidas durante o treinamento, além do espaço físico que será utilizado por eles.

O secretário adjunto da Educação, Airton Lima, disse que o curso faz parte de um processo de reconhecimento pelo Estado, das escolas onde estes professores atuam. A partir de então, elas passarão a ser de responsabilidade do Governo do Estado.

“Claro que o Estado não fará isso sozinho, até porque é necessário ampliar a parceria com as organizações que já estão habituadas a trabalhar com estes índios e conhecem o modo de vida de cada um. A parceria não deverá ser apenas pontual, mas de formação sistematizada do povo yanomami” disse.

Aírton disse que todas as escolas indígenas que estiverem organizadas, necessitarem de espaço e estejam de acordo com o cronograma da Secretaria, poderão ser atendidas desde que outros cursos não sejam prejudicados.

Quanto a possível remuneração dos professores yanomami por parte do Estado, o secretário adjunto informou que é preciso cautela, observando o que representa o dinheiro nas comunidades e como será empregado.

“Estamos em processo de discussão com as organizações que atuam nestas áreas para encontrar a melhor forma de remuneração para estes povos. Mas estamos discutindo”, lembrou.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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