Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Data: 7 - Julho - 2004
Titulo: Causa do acidente pode ter sido pane no motor
Fonte: Folha de Boa Vista-Daniela Meller

Detalhes de como aconteceu o acidente foram repassados pelo piloto Alexandre Colulillo de Moraes, 25, para a estudante Emely Genanine Lopes Bezerra, 19, que acompanhou a remoção do piloto e do pai dela, Francisco Severino, 37, o Neto, do hangar do governo até Pronto Socorro, dentro de uma viatura do Resgate Urbano a Acidentados (RUA).

Segundo a estudante, Alexandre explicou que antes da pane geral, prevendo uma possível queda, ele teria informado a situação a uma outra aeronave. Em seguida, todos os comandos pararam e Alexandre foi obrigado fazer um pouso forçado dentro da mata densa. Como as árvores são muito altas, a clareira aberta pelo avião foi pequena, dificultando a localização das vítimas pela equipe de resgate. Assim que caiu, a aeronave ficou pendurada nas árvores, sendo que o piloto e Francisco teriam sido jogados para fora. Em seguida, os outros dois tripulantes conseguiram sair e se agarrar aos galhos.

O avião ficou completamente destruído e depois despencou no chão. Horas mais tarde os sobreviventes conseguiram descer das árvores. Como chovia muito, mesmo estando muitos machucados, eles tentaram se aquecer se agarrando uns aos outros.

Após o comunicado, um helicóptero do governo sobrevoou a área e localizou os sobreviventes, jogando alimento e água. Por causa da falta de visibilidade, os socorristas voltaram ao posto da aldeia Ericó, a 40 quilômetros do local, onde pernoitaram e retornaram somente no dia seguinte. A queda do avião está sendo investigada por uma equipe da Força Aérea Brasileira (FAB).

HISTÓRICO – Desde que a empresa Anauá Táxi Aéreo se beneficiou com a licitação de prestar serviços a Funasa, no dia 18 do mês passado, no primeiro vôo, duas aeronaves teriam tido problema no ar. Jornalistas tentaram conversar com a proprietária da empresa, mas ela preferiu não se manifestar.