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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 9 - Julho - 2004
Titulo: Yanomami trocam experiência com os Timbira
Fonte: CCPY – Comissão Pró-Yanomami, Boletim nº 51

Durante 11 dias – de 11 a 22 de junho – um grupo de sete Yanomami, dentre os quais Davi Kopenawa, participou de mais uma experiência de intercâmbio como parte da programação da Rede de Cooperação Alternativa, financiada pela Fundação Rainforest (RFN) da Noruega, com o objetivo de ampliar a sua compreensão sobre condições políticas, culturais e sócio-ambientais relativas à realidade das comunidades indígenas que participam da rede. Os agentes agroflorestais, Antônio Yanomami (Toototobi), Denilson Borari Yanomami (Paapiú Novo) e Edmar Yanomami (Demini), e os professores, Genivaldo Yanomami (Paapiú), Raimundo Yanomami (Catrimani I) e Rafael Wanari Yanomami (Balawaú), conheceram os Timbira que vivem no município maranhense de Carolina.

No encontro com os Timbira, quatro ações chamaram a atenção dos Yanomami: o projeto de educação desenvolvido pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI),o projeto agroflorestal, com a formação de agentes, o projeto de frutos do cerrado, como alternativa econômica para os índios, e a associação indígena Wyty-Kati. Os Yanomami tiveram também a oportunidade de observar a expansão predatória da soja na região que vem abrindo uma nova fronteira na Amazônia.

Diante da redução da biodiversidade local e da necessidade de romper com a dependência econômica em relação aos recursos governamentais, os líderes Timbira, congregados na Associação Mãkraké, que deu origem à Associação Vyty-Kati , implantaram em 1994 a fábrica FrutaSã, que congela e revende polpa de frutos da região do cerrado.

Embora ainda não esteja dando lucro, em 2003, a fábrica FrutaSã bateu recorde, com a comercialização de 65,3 toneladas de polpas vendidas, perfazendo mais de R$ 217 mil. Além de se enquadrar no modelo de desenvolvimento sustentável — socialmente justo, ecologicamente correto e economicamente viável — a fábrica garante 11 empregos fixos diretos. No pico da safra, essa oferta de ocupação quase dobra. A maior parte da produção – 90% – é vendida no Maranhão. O restante segue para Tocantins e Brasília.

Os resíduos decorrentes do beneficiamento dos frutos – bagaço e sementes – são usados como adubo para a produção de mudas num viveiro em parceria com a Associação Agro-extrativista de Pequenos Produtores de Carolina. As mudas são utilizadas para reflorestar áreas degradadas e adensar a ocorrência de frutos nativos em torno das aldeias associadas à Wyty-Kati.

O projeto de educação dos Timbira, mostrado à delegação Yanomami, inspirou novas reflexões sobre o Programa de Educação Intercultural (PEI) da Comissão Pró-Yanomami. Enquanto no PEI ainda não há alunos que tenham concluído a 4ª série, a solução encontrada pelos Timbira para evitar a ida dos índios para a cidade foi considerada importante pelo coordenador do programa yanomami, Marcos Oliveira. Os alunos timbira, ao término da 4ª série, ingressam num curso modular, mantendo-os nas aldeias enquanto dão continuidade a seus estudos. A educação entre os Timbira vem contribuindo para a formação técnica daqueles que estão envolvidos no projeto de aproveitamento de frutos do cerrado.

Mas dentre todos os projetos, o que mais chamou a atenção de Davi Yanomami foi a Associação Wyty-Kati. Os Yanomami também têm interesse em criar também a sua própria associação num futuro próximo, a fim de promover e reforçar sua autonomia na defesa de seus direitos e divulgar informações sobre a sua situação e iniciativas políticas, sócio-econômicas e culturais.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

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