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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 9 - Julho - 2004
Titulo: Yanomami participam de Fórum Cultural Mundial em São Paulo
Fonte: CCPY – Comissão Pró-Yanomami, Boletim nº 51

Terra e "cultura" e "como os Yanomami constroem e mantêm a sua memória" foram os temas abordados por Davi Kopenawa no Fórum Cultural Mundial, realizado pelo Instituto Museu da Pessoa.Net, de 30 de junho a 4 de julho, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.

Davi falou no painel sobre Política e Territorialidade – Respeito à Diversidade, no dia 3 de julho, mediado pela antropóloga Carmem Junqueira, professora titular do Departamento de Antropologia da PUC-SP. "Não existe cultura sem terra", afirmou ele. Segundo Davi, há uma relação mística entre os dois elementos, pois Omama (demiurgo Yanomami) criou a terra e a cultura yanomami no mesmo momento. Davi deu à sua palestra um tom de alerta devido às crescentes pressões políticas que têm como alvo as terras indígenas no país.

Davi afirmou que "os brancos poderosos" sabem pescar muito bem e, para isso, usam uma "isca doce". "Eles estão jogando a isca doce para roubar nossas terras", disse ele e citou como exemplo os conflitos interétnicos que ocorrem na Terra Indígena Raposa/Serra do Sol, onde alguns índios se aliaram aos que sempre se opuseram aos direitos indígenas e admitem reduzir a área demarcada. Para Davi, esse fato ilustra bem a pesca com isca doce.

Em relação ao processo de construção e preservação da memória do povo Yanomami, ele não vê qualquer semelhança com o dos brancos, que utilizam os livros e monumentos para o registro material de suas lembranças. Os Yanomami, segundo Davi, guardam sua memória histórica e cultural na mente e no agir. A transmissão é oral e por meio da realização de festas, rituais e manifestações culturais.

A primeira edição do Fórum Cultural Mundial propôs-se a ser uma plataforma global para refletir e discutir o estado das artes e cultura num momento de mudanças e oferecer novas formas de cooperação internacional. O foco especial do evento foi geopolítico e cultural voltado para três temas: Brasil e América Latina; África, Caribe e Regiões do Pacífico, e Região do Mediterrâneo e Oriente Médio. Representantes dos povos indígenas brasileiros tiveram expressiva participação no Fórum, com a apresentação de seus rituais.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
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  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

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