Selecione o Periodo:
De
   
Até
 

 



Clique e acesse o projeto Cartografia Yanomami
 
Clique e acesse !
 
Clique e acesse !

 

Pesquisa Geral
 

Brasília,     


.  

 

 

 


Untitled Document

Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 1 - Agosto - 2004
Titulo: Rio Maú. Dez garimpos funcionam ilegalmente
Fonte: Folha de Boa Vista

Mais de dez garimpos estão funcionando ilegalmente no rio Maú, marco da fronteira entre Brasil e Guiana, ao nordeste do Estado. Fotos tiradas recentemente comprovam a garimpagem ilegal em toda a extensão do rio, tanto do lado brasileiro quanto da Guiana.

A denúncia, que já havia sido feita no ano passado pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR), foi confirmada esta semana quando uma equipe formada por funcionários do Ibama (Instituto brasileiro de meio Ambiente e recursos naturais renováveis), Funai (Fundação Nacional do Índio) e CIR sobrevoou a área e fotografou pelo menos oito balsas de garimpo em atividade de mineraria em pleno leito do rio, com seus respectivos acampamentos.

Os garimpos clandestinos estão localizados próximos à vila do Mutum, com algumas balsas funcionando do lado da Guiana. O acampamento foi montado do lado brasileiro, uma vez que no meio do rio é que se considera a divisão dos países. O impacto ambiental já é percebido pela imensa área destruída, às margens do rio Maú.

Os acampamentos são montados em áreas de difícil acesso impossibilitando à chegada ao local via terrestre. Algumas balsas estão desativadas aparentemente a um bom tempo demonstrando que a atividade está sendo exercida há muitos anos, extraindo ouro e diamante na região.

A última retirada de garimpeiros da Raposa/Serra do Sol ocorreu em fevereiro de 1998 por determinação do Ministério Público Federal. Em dezembro daquele ano, o ex-ministro da Justiça, Renan Calheiros, assinou a portaria de demarcação administrativa da terra indígena. A presença de garimpeiros ilegais na região já deu muito trabalho para a Policia Federal, inclusive quando o servidor da Funai Valdes Marinho Lima foi morto com um tiro de espingarda no peito por um grupo de garimpeiros, no dia 23 de fevereiro deste ano, ao monitorar a prática da atividade na região do Paapiú, terra indígena Yanomami.

Valdes e outros seis funcionários apuravam denúncia de garimpagem ilegal na área feita por líderes Yanomami, na Assembléia dos Povos Indígenas de Roraima, realizada do dia 7 a 10 de fevereiro, na aldeia Maturuca.

O funcionário da Funai foi morto numa emboscada preparada por garimpeiros na margem do rio Couto Magalhães. Na época estimava-se que existiam na região do Paapiú mais de 50 garimpeiros em atividade ilegal.

O CIR chegou a enviar na época uma carta ao presidente Lula sobre o assassinato de Valdes falando da invasão garimpeira na terra indígena e da exploração ilegal dos recursos naturais existentes naqueles territórios. Além de denunciar a atividade junto ao Ministério Público Federal, Funai, Ministério da Justiça e Polícia Federal.

A equipe da Folha tentou uma entrevista durante todo o dia de ontem com o diretor regional da Polícia Federal, Osmar Tavares, para saber o andamento das apurações das denuncias comprovadas em fotografias, mas a secretaria informou que ele estava em reunião, pois deveria viajar na madrugada de ontem e somente retornar na quarta-feira da próxima semana.

Tentamos também um contato com o administrador regional da Funai, Benedito Rangel, que não está na cidade. De acordo com a secretaria, ele estaria em Manaus (AM) para resolver um problema familiar. O contato através de telefone celular também não foi possível.

Quanto ao Ibama, que enviou uma equipe ao local, apenas na segunda-feira, 2, é que será dada alguma informação sobre o relatório que foi feito da área entregue as autoridades a quem é de direito. (Tiana Brazão.)

Untitled Document
Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


  Para informações adicionais favor enviar

  e-mail para o escritório central da
  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

Comissão Pró-Yanomami © 2007
A comissão incentiva a veiculação dos textos desde citadas as fontes.