Selecione o Periodo:
De
   
Até
 

 



Clique e acesse o projeto Cartografia Yanomami
 
Clique e acesse !
 
Clique e acesse !

 

Pesquisa Geral
 

Brasília,     


.  

 

 

 


Untitled Document

Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 10 - Maio - 2005
Titulo: Chico Rodrigues:Modelo de reforma agrária é comunista
Fonte: Folha de Boa Vista

O deputado Chico Rodrigues (PFL) usou o grande expediente da Câmara para falar, ontem, sobre o que ele classificou como “um quadro de cobiça internacional velada”, que tem se expandido de forma insustentável pelos poderes da República. Para ele, o modelo de reforma agrária usado pelo Governo Federal pode ser classificado como comunista.
Chico Rodrigues disse que hoje a Amazônia pode ser considerada uma terra de ninguém, onde prevalece o poder econômico. Ele pediu que fosse criado o Ministério da Amazônia, com sede em Manaus, e com competência, poderes e responsabilidade para decidir sobre todas as questões que envolvam os graves problemas da região.
“Este é um grito de alerta à população brasileira para que saiba o ponto a que chegamos pela pressão feita por toda a comunidade internacional ao Brasil. O modelo comunista do ministério determina a propriedade da terra em pequenos módulos, incitando o movimento dos trabalhadores sem-terra a invasões irresponsáveis”, criticou.
O deputado citou também o caso da Raposa/Serra do Sol e da reserva Yanomami, onde está sendo criado “um dos maiores vazios demográficos do mundo”. “É disso que discordamos e alertamos para o perigo de essas duas áreas se situarem numa região de fronteira. Temos fronteiras com a Guiana, Venezuela, Colômbia, Bolívia e aí está o problema. Verificamos, inclusive, que as organizações não-governamentais internacionais, que o governo de países desenvolvidos como Alemanha, Estados Unidos, Canadá estão subsidiando, mandando milhões de dólares para a demarcação cada vez maior dessas áreas. Essa é a nossa preocupação”, afirmou.
Para Chico Rodrigues, não é de hoje que a Amazônia, que correspondente a 58% do território nacional, é alvo da cobiça estrangeira. Como possuidora de um riquíssimo subsolo em minerais estratégicos, com uma biodiversidade exuberante e recursos hídricos abundantes, a região sempre esteve na mira dos interesses estrangeiros, particularmente dos Estados Unidos, que insiste em sua internacionalização.
“De lá para cá, por caminhos diferenciados, as investidas continuaram, ora sob o manto de expedições científicas, como a de Jacques Cousteau, e como, por exemplo, o levantamento da calha pelos geólogos Alfred Wallace e Willian Bates, percorrendo o Rio Amazonas, em 1878, ora sob o disfarce do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica, proposta pela Unesco. Num outro momento, os megas empreendimentos americanos representados pela Fordlândia e pela Jarí. E, finalmente, as pesquisas feitas pelo francês Jacques Cousteau que, depois de pesquisar imensas áreas sem qualquer controle governamental, arrogou-se no direito de criticar as ações desenvolvidas pelo Estado brasileiro, considerando-as uma ameaça à humanidade”, lembrou.
Para o parlamentar, apesar de protestos isolados, o processo de usurpação de nossa soberania continua “lamentavelmente com o beneplácito de nossas autoridades e das elites ditas empreendedoras”. “A soberania brasileira sobre a Amazônia deve ser absoluta, afastada qualquer possibilidade de co-participação, de gestão coletiva, de ingerência estrangeira, como propõe alguns Chefes de Estado estrangeiros”, defendeu.
O deputado exibiu o mapa de Roraima, mostrando que com 230 mil quilômetros quadrados, o Estado se transformou num local rendilhado, onde 12 organizações internacionais estão definitivamente instaladas. “O roubo, a pirataria e tantos outros ilícitos praticados na região Amazônica não se cingem somente à terra. Pesquisadores estrangeiros que têm acesso à riqueza da nossa biodiversidade, por meio dos convênios com instituições de pesquisa nacionais têm, em muitos casos, se mostrado mais contrabandistas do que pesquisadores. Freqüentes e a cada dia em número maior são os falsos turistas que, a pretexto de conhecer a floresta virgem, saem à procura e à coleta de elementos da nossa flora e de nossa fauna para vendê-los na Europa como raridades ou como animais de estimação.

Untitled Document
Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


  Para informações adicionais favor enviar

  e-mail para o escritório central da
  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

Comissão Pró-Yanomami © 2007
A comissão incentiva a veiculação dos textos desde citadas as fontes.