Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Data: 28 - Maio - 2005
Titulo: Deputado denuncia que índios são abandonados por entidades
Fonte: Folha de Boa Vista

O deputado Chico Rodrigues vai apresentar na próxima semana, na Câmara Federal, um requerimento solicitando que seja verificada a situação em que estão vivendo os índios Yanomami em Roraima.

O parlamentar pretende conversar com algumas lideranças indígenas, principalmente o líder Davi Yanomami, para verificar quais os problemas que essas comunidades estão enfrentando.

“Depois que essas áreas foram demarcadas, o que percebemos é o completo abandono do povo indígena Yanomami. O próprio Davi, que era endeusado na época da demarcação, hoje pede a retirada de Ong’s e estrangeiros da área indígena”, afirmou.

Rodrigues acredita que o juízo de valor feito pela sociedade brasileira sobre o perigo que representa as demarcações monitoradas pelos organismos internacionais é claro, na medida em que os índios mais esclarecidos sentem na pele o abandono em que se encontram.

“A minha leitura é a seguinte: a comunidade internacional luta internamente, induz os indígenas a serem favoráveis, colocam como verdadeiros escudos na defesa desses postulados que eles pregam no mundo inteiro de manter os índios isolados e depois que conseguem, manipulando o governo brasileiro, eles abandonam literalmente essas comunidades indígenas”.

Chico Rodrigues disse ainda que as ONGs querem apenas que o governo brasileiro oficialize as demarcações para que as áreas se tornem verdadeiras reservas de valores para a exploração das comunidades internacionais.

“Na verdade, isso não é novidade para ninguém porque eles pregam isso no mundo, que a Amazônia deve ter uma administração compartilhada. Nós não queremos e nós não admitimos. Queremos que o governo brasileiro através da presença das Forças Armadas mantenha a presença efetiva de implementar a nossa segurança, defesa e soberania nacional”, frisou.