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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 16 - Setembro - 2005
Titulo: Volta a crescer número de casos de malária da Terra Indígena yanomami
Fonte: CCPY – Comissão Pró-Yanomami, Boletim nº 68

Após quatro anos sem um único caso de malária na região do Aracá, sudoeste da área Yanomami (AM), foram registrados 40 casos de infestação por Plasmódium falciparum no mês de agosto último, acometendo quase 60% da população - 68 pessoas (dados da SECOYA -Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami). Estes casos culminaram na morte de uma criança de seis anos, segundo informações da enfermeira Rita de Cássia Barros, da Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) que também atuam no local.

De acordo com a enfermeira, a nova expansão da malária nessa região deve-se, principalmente, às freqüentes visitas dos Yanomami do Aracá a comunidades na Venezuela e em outras próximo a acampamentos de garimpeiros, como a dos Katakatapiu teri, localizada abaixo da cachoeira do Aracá), numa situação onde não há um controle sanitário eficiente.

A falta de disponibilidade rápida de remédios antimaláricos também tem agravado essa situação: “Como estivemos quatro anos sem malária, estávamos meio descobertos de medicamentos, até porque é necessário provar um determinado número de casos para termos acesso aos remédios. Mas quando começou a aparecer um monte de casos, um atrás do outro, não havia medicamento em área e o pessoal da farmácia do Distrito Sanitário Yanomami (DSY-FUNASA) também não tinha. Apenas dois dias depois que os remédios em área acabaram, conseguimos enviar em uma aeronave nossa mais medicamentos”, afirmou a missionária Rita de Cássia.

Na região do rio Marauiá, afluente do rio Negro, no estado do Amazonas, os casos de malária saltaram de 20 em janeiro para 64 em julho, chegando a um pico de 83 em maio. O total foi de 366 casos de malária durante os primeiros sete meses deste ano, em uma população de 1.393 pessoas. Durante este mesmo período, outra região da área yanomami no Amazonas, o Padauari, contabilizou 126 casos entre os 761 residentes locais.

O Presidente da SECOYA, ONG conveniada com a FUNASA responsável pelo atendimento em saúde nas regiões do Marauiá, Ajuricaba e Padauari, João Silvério Dias, atribui a falha no controle da malária na região aos atrasos do repasse de verbas da FUNASA, que afetou seriamente a manutenção da estrutura de atendimento na região: “Nós tivemos que usar recursos do nosso programa de educação. Ficamos sem pagar nossos funcionários durante quatro meses, até junho. Nós tivemos oito técnicos que não foram para a área. Como vou mandar alguém para a área devendo quatro meses?”.

Este caso põe também em questão a política centralizadora que tem sido adotada para a aquisição de medicamentos que devem ser requisitados à FUNASA e não podem ser comprados diretamente pelas conveniadas em função das necessidades de campo, o que compromete gravemente a rapidez no atendimento: “Para este ano, conseguimos comprar somente agora. Antes estava faltando de tudo. Nós conseguimos comprar os remédios porque brigamos muito. Liberaram 70 mil reais para comprarmos no comércio em Manaus”.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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