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Yanomami na Imprensa
Data: 26 - Novembro - 2005
Titulo: Funasa realiza atividade de controle da malária
Fonte:
Folha de Boa Vista
De 5 a 27 de dezembro, a Coordenação Regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Roraima realiza, no município de Santa Isabel do Rio Negro, no estado do Amazonas, curso de Ações Integradas de Controle da Malária. O treinamento irá capacitar as pessoas envolvidas nas ações de controle da doença entre os Yanomami. O médico epidemiologista Oneron Pithan, juntamente com a sua equipe, estará à frente da capacitação, acompanhado do Dr. Marcos Lacerda, da Fundação Medicina Tropical do Amazonas.
Desde o mês de outubro a Coordenação da Funasa em Roraima realiza ações para identificar focos de malária na área indígena Yanomami. Equipes foram destacadas para investigar a origem da doença na região, já que em algumas localidades, não se registrava casos há mais de cinco anos. O curso é mais uma iniciativa voltada ao controle da malária na região e treinará 25 pessoas entre agentes indígenas de Saúde e funcionários das conveniadas que atuam na área.
SURTO - O médico Oneron Pithan, que acompanhou a situação de perto na identificação da malária, explicou que o surto ocorrido no mês de outubro foi localizado na Missão do Aracá, procedente da região do Ajuricaba, no município de Barcelos (AM).
Uma equipe de saúde, composta por um médico epidemiologista, um agente de endemias e um microscopista, foi deslocada para a região. Durante 30 dias, a equipe realizou trabalho complementar de investigação epidemiológica e serviço de controle da malária em todas as localidades ribeirinhas e adjacentes na área indígena.
No trabalho de visita na comunidade ribeirinha evangélica de Bacabal, onde a incidência de malária foi a mais alta do município, cada morador pegou, em média, sete vezes malária somente este ano, os trabalhos de pesquisa entomológica constataram altíssima densidade do vetor da doença. Foi verificado pela equipe que o grande fluxo desses moradores na região, em função do trabalho de evangelização, disseminou ainda mais a doença.
"Provavelmente a situação de Bacabal é reflexo do descontrole da malária em todo o município. Esse lugar funciona como provável ponto de dispersão da doença pela região, em função do movimento de portadores da doença. O que acabou determinando a introdução da malária nas comunidades indígenas do Ajuricaba e Cachoeira do Aracá, onde há mais de cinco anos não havia casos autóctones de malária\", afirma Oneron.
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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)
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