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Notícias CCPY Urgente
Data: 29 - Novembro - 2005
Titulo: Malária teve crescimento recorde entre os Yanomami em 2005
Fonte:
CCPY – Comissão Pró-Yanomami, Boletim nº 72
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Malária
teve crescimento recorde entre os Yanomami em 2005
Chega a 1006 o
número de casos de malária entre os Yanomami durante os primeiros
nove meses de 2005 (janeiro a setembro), segundo estratificação
epidemiológica da malária no Distrito Sanitário Yanomami
feita pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
A população
que mais sofreu com a incidência da malária foi a do rio Marauiá,
afluente do rio Negro, com 382 casos entre seus 1393 habitantes. O presidente
do Secoya, organização responsável pelo atendimento na
região, João Silvério Dias, atribuiu a causa desses números
aos atrasos constantes no repasse de verbas da Funasa, afetando o atendimento,
e à política centralizadora de compras da Fundação,
impedindo a aquisição emergencial de remédios (ver
Boletim 68). Em seguida, está a região do Mucajaí,
compreendendo os pólos do Apiaú, Baixo e Auto Mucajaí,
Paapiu Novo e Maloca Paapiu, com 918 pessoas, onde foram registrados 143 casos.
Nas comunidades
dos pólos do Demini, Toototobi, Balawaú e Novo Demini, com população
total de 1236 pessoas, constam 128 casos. A população da região
do Aracá, composta por 341 pessoas, após quatro anos sem uma única
notificação de malária, viu explodirem 48 casos durante
o período. Nestas duas regiões, a malária pode ter tido
origem em povoamentos e sítios próximos aos limites da Terra Indígena
Yanomami, resultantes da expansão da frente rural do município
de Barcelos, Amazonas (ver
Boletim 71).
Entre os 992 habitantes
da região do Uraricoera surgiram 104 casos; no Catrimani, com 898 pessoas,
foram registrados 94 casos e no Padauari, com população de 1252
pessoas, 83 casos.
Entretanto, não
há dados sobre comunidades de regiões endêmicas como o Parafuri
e Arathau, com população de 741 pessoas, onde a presença
dos garimpeiros é fator agravante para o alastramento de doenças.
(ver
documento 4 anexo).
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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)
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