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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 10 - Dezembro - 2005
Titulo: Administrador da Funai-RR defende integração de índios
Fonte: Folha de Boa Vista

Quem se acostumou a ouvir conceitos despóticos quanto à manutenção de indígenas no isolamento, se assusta. Administrador da Funai-RR, o antropólogo Gonçalo Teixeira dos Santos, 40 anos, defende o desenvolvimento das comunidades indígenas através de suas inserções no setor produtivo em busca da melhoria sócio-econômica.

“O índio é um cidadão como outro qualquer. Tem direito à educação e saúde de qualidade, ao desenvolvimento, apoio em suas iniciativas, enfim. Eu acredito no potencial indígena e enquanto for administrador envidarei esforços para que eles tenham acesso ao crédito, exerçam atividades econômicas, busquem o progresso das comunidades e tenham vida digna”.

Sobre o dispositivo legal que atribui ao índio relativa capacidade civil, o administrador disse que o índio do lavrado roraimense não só é capaz, como tem competência, por exemplo, para executar atividades agropecuárias. “Basta que eles tenham os meios necessários e recebam cursos de capacitação voltados para o objetivo desejado. Eles podem fazer qualquer tarefa executada por um não índio”.

O conceito inovador contraria boa parcela de antropólogos e indigenistas da própria instituição e tem rendido acirradas discussões. Mas, Gonçalo dos Santos afirmou não se abalar com os embates por entender como natural e necessária a integração do indígena. Ele lembra que quando chegou para trabalhar na Funai, praticamente não havia índios com formação no ensino superior.

“Hoje, temos um número razoável de indígenas formados em diferentes áreas de conhecimento. Atualmente, cerca de 370 freqüentam cursos superiores, seja na Universidade Federal ou em instituições particulares. Eles querem se qualificar e por que não ajudá-los?”

Mesmo favorável à integração dos índios, Gonçalo dos Santos faz uma ressalva em relação aos yanomami. Informa que o contato com essa etnia somente foi estabelecido do final da década de 60 e intensificado no final da década de 80. Portanto, não houve tempo de amadurecer a convivência.

“Os yanomami estão aquém da compreensão dos índios do lavrado. Até, quanto à manifestação de seus pleitos em língua portuguesa. Mesmo assim, envidamos esforços para que aos poucos eles também se integrem. Agora estamos proporcionando curso em nível de magistério para eles ensinarem suas comunidades e sair do isolamento que eles próprios não querem”, observou o administrador.

Ao avaliar a resistência de alguns setores contrários à inserção dos índios na comunidade nacional, ele entende que esta seja uma visão equivocada, porque eles próprios não querem o isolamento. Ademais, o presidente da Funai, Mércio Gomes, tem orientado para que a Funai esteja sintonizada com os interesses dos índios.

“Isso já me trouxe muitas dores de cabeça. Nós fazemos o possível para ajudá-los dentro daquilo que eles querem. Na nossa administração não elaboramos projetos em gabinete para aplicar nas aldeias. Os projetos são discutidos junto às comunidades e só depois damos a conformação técnica para submetê-los a aprovação”.

ONGs – Indagado sobre o trabalho de Organizações Não-Governamentais nas comunidades indígenas, Gonçalo dos Santos destacou que algumas são sérias e merecem atenção, outras – destacou – infelizmente não trabalham a contento. “Existem algumas ONGs que querem manter o índio numa espécie de redoma, isolado. Mas, os próprios índios sabem fazer a diferença entre quem é bom para eles ou não. Quando entendem que determinado trabalho não é bem-vindo, os próprios índios expulsam os integrantes da ONG”.

TURISMO – Nas terras indígenas existe farto potencial turístico. Aqui, eles ainda não se organizaram para explorá-lo economicamente. Para o administrador da Funai, antes disso devem ser ministrados cursos de capacitação para que haja profissionalismo na atividade.

“A Funai foi consultada pela Associação dos Povos Indígenas de Roraima [Apirr] sobre a exploração turística da Pedra Pintada. A associação está se preparando para em curto espaço de tempo iniciar um projeto naquela região”, anunciou Gonçalo dos Santos. (Carvílio Pires )

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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