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Yanomami na Imprensa
Data: 25 - Janeiro - 2006
Titulo: Casos de malária entre os índios aumentaram 71,7%
Fonte:
Jornal da Mídia - Agência Lusa
O número de casos de malária entre os índios que habitam a Amazônia brasileira aumentou 71,7 por cento no ano passado, em relação a 2004, foi hoje divulgado.
O número de casos de malária passou de 15.273 em 2004 para 26.234 em 2005, segundo estatísticas da Fundação Nacional de Saúde, órgão oficial do governo brasileiro, publicadas hoje pelo jornal O Estado de São Paulo.
As etnias mais afetadas pela doença são os matis, marubos, cambeba e os mura, que habitam o Estado da Amazonas, na região Norte do Brasil, fronteira com Peru, Colômbia e Venezuela.
O número de casos aumentou também entre os índios da etnia yanomami, que habitam o Estado de Roraima, também na região Norte, na fronteira com a Venezuela.
O aumento do número de casos de malária entre os índios é consequência da falta de medicamentos e de inseticidas para o combate ao mosquito transmissor da doença, disse um responsável do Ministério da Saúde.
O coordenador do programa de controle da malária, Rui Moreira Braz, disse ainda que o avanço da doença é resultado também da falta de profissionais de saúde na região amazônica.
Recentemente, um outro estudo mostrou que taxa de mortalidade entre os bebés índios é atualmente cinco vezes maior do que a taxa registada entre os bebés brancos.
O estudo realizado pelo Ministério da Saúde do Brasil mostrou que o número de mortes de bebês índios de até um ano de idade era 5,12 maior do que o número de mortes de bebês brancos.
Em 2003, último ano analisado pelo estudo, foram registrados 458 mortes de bebés indígenas de até um ano, a maioria vítima de doenças infecciosas e parasitárias.
Atualmente, o Brasil tem uma população indígena de cerca de 734 mil habitantes, 0,4 por cento do total da população brasileira, distribuídos por 215 etnias.
Cerca de um terço da população indígena brasileira vive atualmente na região Norte do Brasil, onde está localizada a Floresta Amazônica.
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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)
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