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Yanomami na Imprensa
Data: 10 - Fevereiro - 2006
Titulo: FUNASA - Funcionários voltam a reclamar de atraso no pagamento de salários
Fonte:
Folha de Boa Vista
O problema de atraso de pagamento de salários voltou a incomodar os prestadores de serviço na Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Por várias vezes eles já tiveram que paralisar por causa da falta de pagamento e temem que o problema volte a ocorrer na terra indígena yanomami.
Segundo um dos servidores, que preferiu não ser identificado, os funcionários da Fubra (Fundação Universidade de Brasília) que prestam serviços em área indígena e sede na Funasa podem entrar em greve a qualquer momento por período indeterminado.
“Essa novela está longe de acabar. Nós ficamos descontentes por causa do atraso nos salários e estamos pensando em cruzar os braços. É irresponsabilidade dos dois órgãos que empurram com a barriga, um dizendo que já repassou para o outro, enquanto nós padecemos com nossas famílias e obrigações a sanar”, desabafou.
Há quase um ano que existem problemas de regularização no repasse dos recursos para o convênio Fubra. O convênio entrou em vigor em julho de 2004 e foram contratados cerca de 190 profissionais para fazerem atendimento em 18 pólos-base de Roraima e Amazonas. O valor do convênio é de R$ 10,9 milhões para todas as despesas relacionadas à assistência (recursos humanos, transporte aéreo, alimentação, combustível, medicamentos, infra-estrutura, logística e educação em saúde).
O presidente do Sindicato dos Profissionais da área yanomami José Rondineli da Encarnação Rodrigues, disse que não existe por enquanto previsão de greve e que está negociando com a coordenação da Funasa a liberação do repasse. “Só esta semana começou a atrasar”, explicou.
Ramiro Teixeira, coordenador da Fundação, também disse que não há atraso. “Dois dias não podem ser considerados como atraso. Eu estive reunido com os servidores e ninguém falou em greve, portanto ainda não fui comunicado oficialmente sobre isso. É impossível se falar em paralisação com tão pouco tempo que o salário não saiu, até porque a lei ampara que temos 5 dias úteis após a data para efetuar o pagamento, o que é plenamente aceitável”, acrescentou
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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)
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