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Foto: Arquivo/Folha
Os mais prejudicados
são os índios, que ficam com
atendimento de saúde comprometido
Dos
147 técnicos da área de saúde contratados pela FUB (Fundação
Universidade de Brasília), 37 deixaram de ir para área indígena
Yanomami por causa da falta de pagamento por parte da Funasa (Fundação
Nacional de Saúde). Cento e dez continuam prestando assistência
aos povos indígenas.
Na manhã de ontem, representantes da FUB estiveram reunidos para discutir
uma melhor forma de remediar a situação. A paralisação
foi pacífica, descartando qualquer tipo de manifestação.
O atraso no repasse na ordem de R$ 3,3 milhões para FUB se deu em virtude
da não conclusão da prestação de contas da parcela
creditada em dezembro do ano passado. Só a partir do encaminhamento desse
documento o dinheiro será depositado na conta da conveniada.
O coordenador regional da Funasa, Ramiro Teixeira, previu que até terça-feira,
dia 21, esse dinheiro deverá ser creditado em favor da FUB. “O
dinheiro já está na conta da Funasa e aguarda somente a prestação
de contas para ser transferido para a conveniada”, disse.
Ao todo, a Funasa deverá repassar R$ 5 milhões para conveniadas
contratadas para prestação de serviço na área de
saúde nas comunidades indígenas. Desse total, o Conselho Indígena
de Roraima (CIR) receberá a quantia de R$ 1,7 milhão.
Para o CIR, esse dinheiro será depositado antes da FUB, isso porque o
Conselho Indígena está habilitado, ou seja, já prestou
conta da parcela recebida em dezembro do ano passado. “Essa é uma
determinação do Tribunal de Contas da União”, afirmou
Teixeira, se referindo ao processo de prestação de contas por
parte das conveniadas.
O dinheiro destinado às conveniadas deverá ser aplicado em pagamento
de pessoal, aquisição de insumos, transporte e combustível.
Os medicamentos são adquiridos e distribuídos pela Funasa. (Leandro
Freitas).