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Foto: Nonato Sousa
Coordenação
da Funasa propõe a liberação dos
salários dos trabalhadores da conveniada
Quatorze
dias de atraso do salário levou os trabalhadores em saúde da Fundação
Universidade de Brasília (FUB) a realizarem, na manhã de ontem,
uma manifestação em frente à sede da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa). Os trabalhadores atuam na prestação
de saúde no atendimento básico na área indígena
Yanomami através de convênio da FUB com a Funasa e ameaçam
não seguirem para a área.
A coordenação
regional da Funasa comunicou que, por determinação do Tribunal
de Contas da União (TCU), o repasse do pagamento de mais uma parcela
do convênio com a FUB, no valor de R$ 3,5 milhões, não ocorreu
devido à falta da prestação de contas dos gastos realizados
pela conveniada.
Ramiro
Teixeira, coordenador da Funasa, explicou que para não haver suspensão
dos trabalhos na área indígena existe uma proposta para a liberação
do valor para pagamento dos salários dos servidores da FUB. “Já
é de conhecimento da presidência da Funasa esse problema e para
que haja essa liberação do pagamento de salários desses
trabalhadores de saúde. As outras demandas serão discutidas com
a gerência da FUB”, disse.
A proposta
do coordenador será para manter o serviço de saúde indígena
e assim os índios não sofram a descontinuidade na prestação
do atendimento de saúde básica nos 20 pólos-base que são
de responsabilidade da FUB.
A pendência na prestação de contas já vem ocorrendo
há algum tempo, e o coordenador explicou que foi feito um acordo com
o Ministério Público Federal e a FUB não cumpriu. “Nos
já pagamos valores sobrestados, dentro de um acordo com o Ministério
Público Federal. Mas os problemas vêm se repetindo e nos desgastamos,
além de prejudicar o nome da Funasa. No momento e em outros momentos
também disponibilizamos os recursos. Agora não podemos pagar pela
desorganização da Universidade de Brasília que é
a responsável pela FUB”, ponderou.
A Coordenação da Funasa entendeu a complexidade da assinatura
do convênio na época, devido a uma estrutura consolidada e que
supriria a necessidade. “Com o passar do tempo, detectamos que realmente
não é bem isso. A UnB na sua gerência do convênio
ficava muito a desejar, uma série de problemas foi surgindo e a gente
sempre tentando resolver. Agora estamos estudando com os técnicos da
Funasa presidência a rescisão do contrato com a FUB e firmar com
a Fundação Ajuri”, explicou.