Untitled Document
Foto:
Jader Souza
Categoria realizou assembléia geral no auditório da
Funasa, na manhã de ontem
Os
trabalhadores em saúde indígena que prestam serviços aos
índios Yanomami, através da Fubra (Fundação Universidade
de Brasília), não irão retornar à área. A
categoria decidiu em assembléia geral, realizada ontem no auditório
da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).
Segundo o presidente do Senalba, sindicato da categoria, Rondinele Rodrigues,
os trabalhadores não têm condições de retornar porque
não foi paga a ajuda de custo, que é um benefício para
compra de alimentação que a categoria deve levar para a área
indígena.
“Recebemos
o salário de janeiro atrasado, mas para darmos continuidade ao serviço
na área queremos que seja pago o benefício alimentação.
Outra questão é o salário de fevereiro que já vence
a partir de hoje e sem previsão de recebermos”, ressaltou.
O sindicalista esclareceu que não obteve um posicionamento da Fubra e
nem da Funasa, mas ficou sabendo que chegará uma equipe técnica
da Fub/Unb para discutir essas questões com a Funasa e o sindicato. “Mas
temos informações que será resolvido em curto prazo”,
complementou.
Quanto ao cancelamento do contrato entre Funasa e Fubra, o presidente do Senalba
explicou que isso se dá quando há insatisfação,
fato que está acontecendo atualmente, tanto por parte dos profissionais
quanto dos usuários. “Administração à distância
não está servindo, não funciona”, ressaltou.
Ele acredita que uma nova conveniada pegue essas questões que estão
com problemas e solucione de uma vez. “Precisamos de uma nova conveniada”,
comentou Rodrigues. Disse que o sindicato está à disposição
para debater todos os problemas com a próxima conveniada, independente
de quem seja. “Sendo uma conveniada local, a administração
melhora, principalmente no que se refere a questões trabalhistas”,
frisou.
FUNASA
– Com a decisão dos trabalhadores, a Funasa disse que os índios
Yanomami não ficarão sem assistência, pois contratou técnicos
na modalidade colaborador eventual até que as questões sejam resolvidas
e o pessoal volte a trabalhar