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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 7 - Junho - 2006
Titulo: Funcionário da Funai é condenado em Júri Popular pela morte de yanomami
Fonte: Folha de Boa Vista

O funcionário da Funai (Fundação Nacional do Índio), Edmilzo Mesquita Filgueiras, foi julgado e condenado à pena de um ano em regime aberto, ontem na Justiça Federal, em sessão de Júri Popular, acusado da morte do índio yanomami identificado como Julião, ocorrida em março de 1995.

O índio foi morto com um tiro de revólver efetuado pelo funcionário depois de uma briga dentro da comunidade. Fato que chamou atenção dos presentes é que o corpo de Julião não foi submetido a exame cadavérico, porque devido à tradição da etnia o corpo foi cremado.

Edmilzo foi considerado culpado pela maioria dos jurados, quatro votos a três, classificado como crime culposo. Em sua defesa, o funcionário alegou que o tiro foi acidental devido ter sido agredido pela vítima e outros índios que teriam batido em seu braço, o que fez a arma disparar.

Ele explicou que seguia em um veículo Toyota com outro funcionário quando se depararam com a estrada bloqueada com paus e outros objetos. Teria parado o veículo e mandou que os índios tirassem o bloqueio, o que não aconteceu e gerou uma confusão.

Segundo disse, os índios estavam com os corpos pintados para guerra com as cores preto e vermelho, armados com pedaços de paus, arcos e flechas. Na discussão, ele contou que foi atingido na cabeça e correu até o carro onde estava a arma. Ao pegá-la, recebeu outra paulada no braço e o revólver disparou. Os índios se afastaram e ele conseguiu sair do local. Disse que não viu ninguém caído e não sabia que tinha atingido algum índio.

Um índio yanomami que esteve envolvido no episódio prestou depoimento e disse que o acusado atirou contra o índio Julião segurando a arma com as duas mãos durante a discussão. Ele informou que o bloqueio da estrada se deu porque o Edmilzo, que era chefe do posto indígena da Funai da reserva Yanomami, teria prometido carregar bananas dos indígenas até Caracaraí. No dia do fato, ele passou pelo local sem parar. Revoltados, os índios bloquearam a estrada para que ele voltasse.

Porém, de acordo com o depoimento da testemunha, no retorno do funcionário a estrada foi desbloqueada e a discussão ocorreu porque Edmilzo teria dito que não iria mais fazer o carregamento das bananas. O índio disse que depois que o funcionário foi embora, eles pegaram a vítima e à noite cremaram seu corpo.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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