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O
atraso no pagamento dos salários aos servidores contratados pela FUB
(Fundação Universidade de Brasília), para prestar serviço
à Funasa (Fundação Nacional de Saúde), pode resultar
em mais uma paralisação da categoria. Ontem completaram-se 21
dias que os profissionais estão sem receber seus vencimentos.
Caso
decidam interromper os serviços, esta será a sétima vez,
em menos de dois anos, que os servidores paralisam as atividades pelo mesmo
motivo. Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores das Áreas Indígenas
de Roraima, Rondinelle Rodrigues, a categoria vem enfrentando há um ano
e meio sucessivos atrasos de pagamento dos salários.
“Infelizmente
só há pagamento quando acontece manifesto e eles [Funasa] pagam”,
lamentou ao complementar que a categoria está desgastada com esses movimentos,
porque interrompe os serviços de saúde nas áreas indígenas.
Mesmo
sabendo que a paralisação é a forma mais eficaz para cobrar
o pagamento, o sindicato afirmou que o grupo quer criar outra estratégia
no sentido de resolver o impasse, tendo em vista que o problema dura há
quase dois anos.
Rondinelle
Rodrigues informou que será elaborado um relatório, contendo todas
as manifestações da categoria e as conseqüências das
paralisações, como aumento do índice de malária,
agravo das doenças respiratórias e diminuição dos
resultados nos programas de saúde.
“A
idéia é levar o documento em mãos com amparo do Conselho
Indígena”, frisou o representante da categoria ao ressaltar que
os índios já estão revoltados com a situação
e se articulam para tomar providências em favor dos servidores.
Ele
ressaltou ainda que a preocupação da categoria não é
só o fato de o salário estar atrasado há 21 dias, mas também
a incerteza no pagamento, isso porque não existe um calendário
e, todos os meses, os servidores ficam sem saber quando vão receber.
“Esse pagamento ainda é referente ao convênio de 2005/2006”,
lembrou.
FUNASA
- O coordenador da Funasa, Ramiro Teixeira, disse que reconhece o atraso do
pagamento e já enviou um ofício para o presidente da fundação,
Paulo Lustosa, solicitando urgência na liberação dos recursos.
Ele acredita que o atraso se deve às questões administrativas,
tendo em vista que recentemente houve a renovação do contrato
com a prestadora FUB.