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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 4 - Novembro - 2006
Titulo: Funasa nega epidemia de malária entre povos da reserva Yanomami
Fonte: Folha de Boa Vista

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Funasa nega epidemia de malária entre povos da reserva Yanomami

Da Redação


O gerente técnico de endemias da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Roraima, Oneron de Abreu Pithan, se disse surpreso com a reportagem divulgada no site do ISA (Instituto Sócio Ambiental), onde afirma que a ‘Funasa reconhece grave epidemia de malária entre os Yanomami’.

Na matéria, conforme a ONG Urihi - Saúde Yanomami, a Funasa admite o problema em “Relatório Técnico da Malária - Distrito Sanitário Yanomami – 2006”, apontando que somente no primeiro semestre de 2006 foram notificados 2.591 casos, representando um aumento de 470% em relação ao mesmo período do ano anterior.

E conforme a reportagem especial do ISA sobre saúde indígena, publicada em junho deste ano, o avanço da malária na Terra Indígena Yanomami, situada em Roraima e Amazonas, caminha para uma situação catastrófica.

Segundo um comunicado divulgado neste primeiro de novembro pela organização Urihi, ONG responsável pelo atendimento sanitário na região até a metade de 2004, as taxas de incidência da doença podem superar, até o final de 2006, os elevados níveis observados na década de 1990.

No entanto, Oneron de Abreu Pithan afirmou que a Funasa desconhece a gravidade de epidemia de malária, mas ao mesmo tempo afirmou reconhecer que houve um crescimento significativo no gráfico, isso num comparativo ao ano de 2000, quando se intensificaram as ações de combate à doença nas comunidades indígenas nos municípios de Barcelos e Santa Izabel, ambos no Amazonas.

Segundo o médico sanitarista, a divulgação do relatório foi feita de forma errônea e a reportagem não condiz com a realidade. “Primeiro tem que se questionar como esse relatório chegou às mãos dessa pessoa que divulgou. E segundo essa pessoa não soube interpretar corretamente os gráficos ou usou de má fé na manipulação dos resultados”, disse.

Apesar de reconhecer que houve um crescimento nos números, Oneron descarta a possibilidade de caso alarmante de epidemia, como nos anos 90. “O aumento de casos é uma realidade, mas nada comparado aos anos 90, como citam na reportagem”, afirmou.

Oneron disse que o trabalho de campo naquela região foi iniciado em 2000 numa parceria da Funasa com a ONG Urihi, tendo a elaboração e coordenação da Funasa e a execução da Urihi. “Esse trabalho praticamente interrompeu a transmissão da malária naquela região até o ano passado”, disse.

Segundo Oneron, alguns fatores fizeram com que a doença aparecesse, entre eles a dificuldade de acesso aos locais para a execução de um trabalho contínuo e a presença de garimpeiros e de pessoas que fazem extrativismo, piaçava, cipó e pesca ornamental na área.

“A situação poderia até estar pior se não fosse o trabalho que está sendo desenvolvido. E reconhecemos que os casos aumentaram, mas esse aumento é justamente pelo trabalho de busca ativa que a Funasa fez na área”, disse.

Conforme o relatório, dos 35 pólos-base que atendem aos mais de 5.800 indígenas que vivem na região, 25 tiveram registros de aumento de malária. Entre os pólos com maiores incidências estão Marauiá, Marari, Padauari, Toototobi, Balawaú, Cachoeira de Araçá, Maturacá, Novo Demini e Ajuricaba, todos nos municípios de Barcelos e Santa Izabel.

Oneron informou que no início do ano a Funasa capacitou pessoas das comunidades para serem agentes multiplicadores no combate à doença. Em conjunto, foram executados vários trabalhos de busca ativa, nebulização espacial e borrifação.

Quanto à instabilidade das conveniadas Fubra e Secoya, que pela falta de repasses dos recursos houve a paralisação dos trabalhos de campo, Oneron afirmou que em momento algum a Funasa deixou de dar assistência na área. “Quando foi preciso o quadro efetivo da fundação esteve em campo e demos continuidade ao trabalho”, afirmou. “Em nenhum momento a Funasa foi omissa em todos os casos notificados foram feitos os atendimentos necessários”, afirmou.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)

 

 

 


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