O avião transportava agendes de saúde da Diocese de Roraima para a área indígena Yanomami para fazer uma troca de rotina dos funcionários, quando desapareceu. A região onde as buscas estão sendo realizadas é de difícil acesso, cercada por floresta. Ainda não há uma versão oficial sobre o possível paradeiro do monomotor, que transportava três pessoas, sendo dois passageiros e o piloto.

O vôo da agência de táxi aéreo Paramazônia, de Manaus (AM), saiu de Boa Vista por volta de 16 horas de sábado e desapareceu do radar por volta de 17h30, segundo informações fornecidas pela Anac (Agência Nacional de Avião Civil). Os funcionários da Anac não quiseram prestar outras informações, informando que a Infraero estava comandando as operações.

Na Diocese de Roraima o bispo Dom Roque Paloschi confirmou o desaparecimento da aeronave. Segundo informações da Diocese, estavam na aeronave o auxiliar de epidemiologia Marcos Xavier Cardoso e o técnico de enfermagem Darciel Santos Carvalho. O nome do piloto não foi confirmado.

“O rastreamento realizado com três aviões e um helicóptero não teve até agora nenhum resultado. Estamos aguardando e a única coisa que sabemos é que está desaparecido em uma área de difícil acesso”, disse Dom Roque.

O Pronto Socorro Estadual de Boa Vista, único do Estado, já foi acionado para receber os possíveis feridos. Até o fechamento da matéria, às 17 horas, o avião ainda não havia sido localizado.

SAÚDE – O bispo Dom Roque explicou que a Diocese presta serviços à Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em quatro áreas indígenas de Roraima, inclusive a Missão Catrimani. São 44 funcionários que passam em média 15 dias na área indígena Yanomami. As tribos têm pouco contato com a civilização e em todos os locais só se chega de avião. Na região as chuvas estão constantes.

MISSÃO - A Missão Catrimani foi fundada pelos missionários da Consolata e conta com um total de 505 indígenas Yanomami, divididos em doze grupos ou etnias. O complexo tem várias casas que servem de apoio para as missões de saúde da Funasa.