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Chuvas
atrapalham as buscas de avião
O
salvamento aéreo da Aeronáutica sediado em Manaus (AM) encerrou
pelo 3º dia consecutivo as buscas ao avião monomotor Cesna 206,
prefixo KBA, que está desaparecido desde as 17h de sábado, 31
de março, na reserva indígena Yanomami, com três pessoas
a bordo.
Avião que
desapareceu é um Cesna 206 do mesmo modelo do que
aparece na foto acima
Segundo
informações do tenente Angeloti, que trabalha no monitoramento
das equipes de salvamento, as chuvas e o nevoeiro que cobre a região
estão atrapalhando as buscas pela aeronave desaparecida.
“O
tempo tem dificultado as buscas. Ontem [domingo] estava chovendo muito e hoje
[segunda-feira] a região está muito encoberta, o que dificulta
a visualização. Encerramos as operações por hoje,
mas amanhã de madrugada [hoje] estaremos novamente reforçando
as buscas”, disse.
Dois
aviões Bandeirantes, um avião Búfalo, além de um
helicóptero pertencentes à Aeronáutica estão sobrevoando
a selva amazônica, onde a aeronave foi detectada pelo radar pela última
vez.
A
empresa Panamazônia, proprietária do avião que desapareceu,
também está com três aviões monomotores auxiliando
o trabalho das equipes de resgate. A partir de terça-feira, o salvamento
terá reforço de mais um helicóptero ao retomar as buscas.
O
CASO - O Cesna desapareceu do radar dos controladores de vôo
em Roraima no sábado, por volta de 17h30. O avião transportava
agentes de saúde da Diocese de Roraima para a área indígena
Yanomami para fazer uma troca de rotina dos funcionários, quando sumiu
misteriosamente.
Estavam
na aeronave além do piloto Paulo Lopes, o auxiliar de epidemiologia Marcos
Xavier Cardoso e o técnico de enfermagem Darciel Santos Carvalho. Os
profissionais eram levados para prestar atendimento aos índios da Missão
Catrimani, que fica ao oeste do Estado, no Município de Caracaraí.
Familiares
e católicos fazem orações pelos desaparecidos
Os
familiares dos desaparecidos ainda não quiseram fazer contato com a imprensa.
Por telefone, uma das irmãs de um dos agentes desaparecidos pediu para
ainda não ser identificada. Ela afirmou que seu pai é muito idoso,
está doente e não sabe do desaparecimento do filho. “Estamos
desesperados pela falta de notícias”, afirmou.
Também
bastante apreensivo, o bispo de Roraima, Dom Roque Paloschi, disse que tem,
junto com a comunidade católica, intensificado os momentos de oração
pelas famílias e pelas pessoas que estavam no avião. Ele está
esperançoso de que o avião tenha feito um pouso forçado
e reza para que estejam todos bem.
MISSÃO
- A Missão Catrimani foi fundada pelos missionários da Consolata
e conta com um total de 505 indígenas Yanomami, divididos em doze grupos
ou etnias. São várias casas que servem de apoio para as missões
de saúde da Funasa.
A
Diocese presta serviços à Funasa em quatro áreas indígenas
de Roraima, inclusive a Missão Catrimani. São 44 funcionários
que passam em média 15 dias na reserva. Nesses locais só se chega
de avião. Na região as chuvas estão constantes devido ao
início do inverno.