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Yanomami
denunciam irregularidades em ONG
A Radiobrás
publicou hoje que líderes yanomami formalizaram denúncia contra
uma ONG responsável pela prestação de serviços de
saúde para a etnia. Os índios acusam o Instituto Brasileiro pelo
Desenvolvimento Sanitário (IBDS) de má administração
do orçamento, desvio de recursos e descaso no atendimento em São
Gabriel da Cachoeira (AM), na divisa com Roraima, o que está comprometendo,
segundo os próprios moradores, a qualidade de vida dos indígenas
residentes nas oito aldeias existentes no local.
Segundo
dados da Ayrca, a área concentra cerca de mil índios yanomami,
divididos entre as aldeias Maturacá, Ariabú, União, Nossa
Senhora Auxiliadora, Ibambú, Nazaré, Tamaquaré e Maiá.
Segundo
a direção da Coiab em Manaus, os yanomami residentes na fronteira
do Amazonas com Roraima sofrem com a falta de medicamentos e com o atendimento
precário nos postos de saúde, que não possuem material
suficiente para os técnicos e enfermeiros trabalharem. As doenças
que mais afetam os yanomami dessa área são malária e tuberculose.
De
acordo com a representação da Funasa em Roraima, responsável
pelos indígenas que vivem na área yanomami, se as denúncias
forem confirmadas, o IBDS pode perder o direito de administrar a verba pública
de saúde destinada os indígenas na área em questão,
e os responsáveis poderão responder à Justiça por
crime de peculato (apropriação de dinheiro público em benefício
próprio).
A
denúncia já foi registrada oficialmente na instituição
e encaminhada ao Ministério Público Federal, à Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) e ao Ministério da Saúde.
A
Funasa de Roraima, responsável pelos indígenas do Norte do Amazonas,
informou que uma comissão vai apurar a veracidade das informações
fornecidas pelos yanomami. A partir da próxima segunda-feira, uma equipe
técnica da Funasa estará nas aldeias para constatar a prestação
dos serviços de saúde aos indígenas.
ONG
acusada por índios yanomami nega denúncias
O representante da Organização
Não-Governamental (ONG) Instituto Brasileiro pelo Desenvolvimento Sanitário
(IBDS), que atua na área indígena yanomami, procurou hoje a Folha
para afirmar que são inverídicas as denúncias de desvio
de recursos e má prestação de serviços, feitas pelos
indígenas em Manaus (AM).
O
presidente da organização, Cleyton da Silva Carvalho, explicou
que as denúncias, além de inverídicas, teriam cunho político.
“Nos roubaram vários documentos pessoais, que nada têm a
ver com a entidade, com o único fim de denegrir a imagem da instituição”,
disse.
O
responsável pelas denúncias, segundo Clayton, seria uma outra
entidade que quer assumir o trabalho de saúde na área yanomami.
“Eles usaram esses documentos roubados, que são pessoais, para
enganar os Yanomami. O IBDS tem convênio há 6 anos com a Funasa
e o recurso só é liberado se a prestação de contas
tiver em dia. Nós estamos com toda documentação administrativa
em dia, inclusive com aprovação de auditoria feita no início
do ano. Essas pessoas terão que assumir responsabilidade sobre a denúncia”,
frisou.
O
coordenador de saúde da organização, Gunther Sanchez, também
afirmou que as informações de epidemias ou de falta de medicamentos
na área indígena não são verdadeiras. “Não
temos nenhuma epidemia e temos inclusive remédios em estoque. Nunca houve
problemas em nossa área que é uma das melhores atendidas”,
comentou.
A
coordenação da Funasa em Roraima abriu procedimento para averiguar
as denúncias formalizadas pelos dirigentes yanomami e dois técnicos
da fundação estarão se deslocando para a área nesta
segunda-feira.
DENÚNCIA
- Líderes yanomami acusam o IBDS de má administração
do orçamento, desvio de recursos e descaso no atendimento em São
Gabriel da Cachoeira (AM), na divisa com Roraima, o que estaria comprometendo
a qualidade de vida dos indígenas residentes nas oito aldeias existentes
no local.
Segundo
a direção da Coiab em Manaus, os yanomami residentes na fronteira
do Amazonas com Roraima sofrem com a falta de medicamentos e com o atendimento
precário nos postos de saúde, que não possuem material
suficiente para os técnicos e enfermeiros trabalharem. As doenças
que mais afetam os yanomami dessa área são malária e tuberculose.
De
acordo com a representação da Funasa em Roraima, responsável
pelos indígenas que vivem na área yanomami, se as denúncias
forem confirmadas, o IBDS pode perder o direito de administrar a verba pública
de saúde destinada os indígenas na área em questão,
e os responsáveis poderão responder à Justiça por
crime de peculato (apropriação de dinheiro público em benefício
próprio).
A
denúncia já foi registrada oficialmente na instituição
e encaminhada ao Ministério Público Federal, à Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) e ao Ministério da Saúde.
A
Funasa informou que uma comissão vai apurar a veracidade das informações
fornecidas pelos yanomami. A partir da próxima segunda-feira, uma equipe
técnica estará nas aldeias para constatar a prestação
dos serviços de saúde aos indígenas.