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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 25 - Maio - 2007
Titulo: Yanomami é impedido de embarcar em avião por não ter documentos
Fonte: Folha de Boa Vista

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Yanomami é impedido de embarcar em avião por não ter documentos

O Yanomami Ivam Irãxiliana, 23, precisa viajar durante três dias de canoa para chegar de sua tribo, localizada no Município de Alto Alegre, a Boa Vista. Mesmo vivendo completamente isolado da cidade, ele consegue falar bem o português e já pertence ao Conselho de Lideranças Indígenas. “Eu sei me cuidar sozinho”, disse.


Ivam Irãxiliana só conseguiu embarcar após intervenção das autoridades

Quando ia pela primeira vez viajar de avião, Ivam tornou-se sem querer vítima em uma ação pública que o Ministério Público Federal deve mover contra a Agência Nacional de Aviação (Anac).

O problema começou quando Ivam tentou embarcar pela empresa TAM para participar de um evento em Manaus (AM) com outras lideranças indígenas e integrantes de Organizações Não-Governamentais ligadas à causa indígena. No Aeroporto Internacional de Boa Vista, o yanomami foi impedido de embarcar por três vezes, apesar de portar uma autorização de viagem expedida pela Funai, e estar acompanhado por David Yanomami uma das maiores lideranças indígenas reconhecida em todo o mundo.

É que a empresa aérea solicitou documento de identificação do índio que, como os outros integrantes de sua tribo, nunca teve uma carteira de identidade.

O caso repercutiu e foi acompanhado de perto por integrantes das entidades indígenas Hutukara Associação Yanomami e CCPY (Comissão Pró- Yanomami) que acionaram imediatamente o Ministério Público solicitando que os direitos indígenas fossem respeitados.

O procurador de justiça Edson Damas, que estava acompanhando a questão, afirmou que é preciso evitar a discriminação. “Ele não pôde embarcar porque é índio. Perguntaram até se não tinha carteira de motorista. É muita hipocrisia, é uma atitude racista e discriminatória quando se fala tanto em inclusão social”, disse Damas.

O procurador da República, Antônio Morimoto Junior, fez uma recomendação para que as empresas aéreas e a Agência Nacional se abstivessem de impedir o embarque de indígenas e solicitar documento de identificação.

“O Ivam conseguiu embarcar de forma excepcional. Se esse rapaz tivesse sob risco de morte, não teria resistido. Para evitar outros casos como esse, vamos abrir procedimento no MPF, pois consideramos impossível que os indígenas sejam obrigados a portar documentos, já que isso não faz parte da cultura deles. Para os aculturados tirar documentos é essencial, mas para eles não é assim”, explicou o procurador.

Morimoto Junior destacou que, a partir do advento da Constituição de 1988, os indígenas não são mais considerados incapazes, que precisam de tutela do Estado. “A responsabilidade do Estado pelos índios é a mesma que tem com relação a grupos minoritários como mulheres e negros. A sociedade precisa aprender a respeitar as diferenças culturais”, frisou.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)

 

 

 


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