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Funasa inicia plano emergencial de combate à malária
entre yanomami
A
Fundação Nacional de Saúde em Roraima (Funasa) inicia hoje
o Plano Emergencial de Combate e Controle da Malária no pólo base
Marari, Município de Barcelos, no Amazonas.
Uma
equipe de oito pessoas, composta por técnicos de epidemiologia e técnicos
de enfermagem, embarca hoje para dar início à campanha que vai
até o dia 5 de julho naquela localidade.
Segundo
Eurico de Vasconcelos Filho, chefe substituto do DSEI Yanomami, o plano emergencial
surge como forma de combate à malária que assola a região
do Marari, incluindo Aracá e Novo Demini, depois que a entidade Novas
Tribos, parceira da Funasa que atuava há mais de 40 anos, deixou de prestar
serviço de saúde aos indígenas destas localidades.
Eurico
explicou que desde o início de maio a Funasa assumiu a responsabilidade
de prestar atendimento aos povos indígenas daquela região. “Como
a Novas Tribos, que era nossa parceira, deixou de atuar na área, a Funasa
assume essa responsabilidade até que seja feito um estudo para repassar
a uma das conveniadas a efetivação de ações de saúde
para os povos indígenas daquela região”, disse Eurico.
Ele
informou que a entidade não era conveniada da Funasa, e sim parceira.
“A Funasa não repassava recursos, mas dava todo apoio logístico,
pontuais de hora vôos e os medicamentos necessários”, disse.
A
Novas Tribos era mantida por evangélicos que faziam um trabalho de evangelização,
educação e saúde e deixou o trabalho por não apresentar
mais condições financeiras.
REUNIÃO
- A ação de controle da malária foi um das reivindicações
que o Conselho Distrital de Saúde Yanomami e Yekuana fez durante a reunião
com o Ministério Público Federal, representantes da Funasa nacional
e local e as entidades conveniadas para a prestação de saúde
aos povos yanomami.
A
reunião contou com diretor do Departamento de Saúde Indígena
(Desai), Wanderley Guenka; coordenador regional, Ramiro Teixeira; subprocuradora-geral
da República, Débora Duprat de Brito Pereira; procurador da República
em Roraima Antônio Marimoto Júnior; e o procurador-geral da República
e coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde Indígena, Marcelo
Veiga Beckhausen; além das lideranças indígenas, Davi Kopenawa
e Dário Kopenawa.
Na
pauta de reivindicações, estão apoio da Funasa/RR para
a realização de reuniões periódicas, realização
de curso de formação e treinamento de Agentes Indígenas
de Saúde em microscopia e aquisição de novos microscópios.
“As
reivindicações foram justas e tanto a Coordenação
da Funasa em Roraima quanto o diretor do Desai, doutor Wanderley Guenka, que
participou do encontro, já estão agilizando para atender aos pedidos
de modo a procurar oferecer uma melhor assistência de saúde aos
povos indígenas”, ressaltou Ramiro Teixeira.