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Novas Tribos continua trabalhos de
saúde e evangelização com yanomami
Há mais de 40 anos atuando voluntariamente na prestação
de saúde nas comunidades indígenas yanomami aos mais de 1600 indígenas
nos pólos base de Marari, Aracá e Novo Demini, no Município
de Barcelos (AM), a Missão Evangélica Novas Tribos vai continuar
realizando trabalhos na região yanomami. A informação é
do coordenador da Missão em Boa Vista, Wanderley Pina.
Segundo
ele, apesar de diminuir o raio de atuação, a prestação
de serviços aos indígenas continua através do projeto AMDE
(Assistência Médico Dentária Evangelista) que é desenvolvido
pela Missão Asas do Socorro, que presta serviço de aplicação
de flúor, constatação de placas bacterianas, tratamento
preventivo e curativo e devolução da função mastigatória
aos idosos. “Com isso devolvemos a auto-estima a essas pessoas”,
disse.
Wanderley
informou que toda a logística da Missão está à disposição
da coordenação da Funasa em Roraima, com quem foi parceira na
prevenção e promoção da saúde indígena.
“Estamos reduzindo nossa área de atuação por falta
de pessoal para trabalhar na área. Muitos saíram e nosso atendimento
ficou sobrecarregado e não estava atendendo as nossas expectativas e
metas, por esta razão comunicamos a Funasa para cobrir essa necessidade”,
disse.
Embora
tenha deixado de atuar na prevenção, com vacinas e no tratamento
das doenças infecto-contagiosas, como malária, tuberculose e sarampo,
Wanderley disse que toda a logística e pessoal de apoio que ainda estão
na área vão estar sendo parceiros da Funasa.
“No
momento estamos cedendo nossas instalações para que a Funasa continue
prestando os serviços na área de saúde”, disse. “Até
porque temos planos de continuarmos a dar nossa parcela de contribuição
na área com a experiência que temos com a língua e os costumes
yanomami”, ressaltou.
A
Missão Novas Tribos direciona o foco para o atendimento do AMDE e na
educação yanomami. “Principalmente na alfabetização
na sua língua materna como forma de preservar a sua cultura”, disse
informando ainda que o trabalho é feito com recursos próprios
e com apoio logístico pontuais da Funasa, no atendimento na hora vôo
e medicamentos.
Ele
afirmou que já existe um movimento para a reestruturação
da entidade no sentido de conseguir novos voluntários para continuar
o trabalho integral que vinha realizando nestas comunidades.