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Associação dos Yanomami critica convênio com a UnB
Da Redação
O convênio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e UNB (Universidade de Brasília)/FUB tem sido questionado pela Hutukara Associação Yanomami.
A associação diz que em três anos o convênio permitiu que o DSY (Distrito Sanitário Yanomami) passasse por uma das piores crises. Conforme a entidade, “a situação caótica” pode ser confirmada pelos indicadores de saúde no Distrito, ressaltando que a incidência de malária na área yanoma mi desde 2006 retornou aos níveis epidêmicos da década de 90 e que a doença voltou a ser causa de morte.
Também faz alusão à cobertura vacinal em crianças menores de um ano. Segundo a associação, o percentual de cobertura é de 20% - índice considerado um dos mais baixos do Brasil. “Com este número podemos temer, por exemplo, uma nova epidemia de coqueluche que poderá causar a morte de muitas crianças”.
A associação também questiona as irregularidades detectadas no convênio pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União, que tratam de pagamento a pessoas não contratadas para prestar serviços no DSY, deficiências na elaboração de prestação de contas, despesas sem correlação com as metas.
Sobre o assunto, o presidente da Funasa, Danilo Forte, disse que os indicadores que chegam a Brasília não condizem com estes dados. Segundo ele, as informações relacionadas à malária ainda preocupam, mas mesmo assim a mortalidade por este vetor diminuiu.
Forte adiantou que o contrato com a UNB está em reestruturação, ou seja, a Funasa ainda não decidiu se haverá renovação. Afirmou que estão sendo verificados os aspectos legais.
Recentemente, a Funasa determinou que a cada três meses as comunidades indígenas juntamente com a coordenação da Funasa façam a avaliação das ações nas áreas como forma de acompanhamento.
A Assessoria de Comunicação da Funasa informou que hoje repassará todos os dados de atendimento na área Yanomami. O coordenador da Funasa, Ramiro Teixeira, disse que as denúncias são infundadas.