OPERAÇÃO METÁSTASE - Grande volume de recurso chamou atenção
Da Redação
As investigações da Operação Metástase começaram há um ano e meio e revelaram que a maior parte do dinheiro desviado tinha origem em emendas coletivas da bancada de Roraima ao Orçamento, assinadas pelos três senadores e oito deputados do Estado. Por isso, conforme a PF, as investigações chegarão inevitavelmente ao Congresso Nacional numa segunda etapa.
As suspeitas surgiram de duas fontes. Uma delas, um levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU) segundo o qual Roraima recebia o dobro das verbas do Estado do Amazonas, que é um território dez vezes maior e tem muito mais índios.
A outra decorre de uma investigação de tráfico de drogas envolvendo o empresário paranaense. A polícia descobriu que ele prestava muitos serviços para o Governo de Roraima. “Ao investigar contratos, começamos a descobrir as fraudes nas licitações e o desvio de dinheiro público”, explicou o delegado Alexandre Ramagem, que comandou a operação.
Conforme a PF, o dinheiro era desviado de licitações, sobretudo, na área de saneamento. As principais vítimas do desvio são os índios de Roraima, principalmente os da etnia yanomami, que não recebiam as benfeitorias prometidas nas emendas parlamentares.
Todos os contratos realizados pela Funasa nos últimos cinco anos foram vasculhados por agentes federais e por 11 auditores da CGU.