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Operação Metástase prende 35 acusados de desviar R$ 34 milhões da Funasa
Da Redação
Boa vista (RR) – A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira a operação Metástase com o objetivo de prender uma organização criminosa especializada em fraudar licitações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Roraima. Trinta e cinco pessoas foram presas. Estima-se em mais de R$ 34 milhões o prejuízo causado aos cofres públicos.
As fraudes aconteciam nas áreas de serviço de transporte em táxi aéreo, obras de engenharia e compra de medicamentos. A Operação ocorre simultaneamente nos estados de Roraima, Amazonas e Paraná. Entre os presos estão servidores da Funasa, além de sócios e administradores de empresas licitantes.
O secretário de Saúde de Roraima, Namis Levino, está em Brasília e já foi avisado que a PF está com mandado de prisão contra ele. O secretário está atendendo a telefonemas de amigos mas não foi preso ainda. Ele ficou 12 dias no cargo de coordenador da Fundação Nacional de Saúde.
"O esquema consistia em licitações viciadas e encabeçadas por uma quadrilha em Roraima, que tinha conexões com a Funasa do Amazonas para que determinadas empresas participassem de licitações direcionadas em Roraima e no Amazonas", explicou o delegado responsável pela investigação no Estado do Amazonas, Humberto Ramos.
A investigação, iniciada há dezoito meses, revelou que as fraudes ocorriam, principalmente, nas licitações de serviços de transporte em táxi aéreo, contratação de obras de engenharia e aquisição de medicamentos.
A ação conta com 252 policiais federais mobilizados para cumprir 46 mandados de busca e apreensão e mais de 30 mandados de prisão expedidos pelo Juiz da 1ª Vara da Justiça Federal de Roraima.
Os presos responderão pela prática dos crimes de fraude em licitações, formação de quadrilha ou bando, peculato, corrupção ativa e passiva, crime contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro. De acordo com a "Folha de Boa Vista", o advogado Alexander Ladislau, que está representando três detidos reclamou que a PF e o mandado de prisão não informam de maneira clara os motivos das prisões.
"Estamos orientando os nossos clientes a não declararem nada até sabermos porque estão presos”, explicou o advogado.
A PF está agindo com delação premiada e quem fornecer informações ou provas sobre os crimes será liberado imediatamente. Os outros serão autuados e encaminhados para a Penitenciária Agrícola. A prisão dos envolvidos é por 5 dias e pode ser prorrogada.