Depois de terem encontrado supostas irregularidades, o MPF e a CGU fizeram a recomendação, que está sendo analisada em Brasília. O contrato com a UnB encerrou-se no dia 6 de outubro, completando exato um mês hoje.

A Presidência da Funasa está buscando solução para a situação e a sugestão, segundo o coordenador interino Emerson Caldas, é que as demais conveniadas absorvam a prestação de serviço e inclusive os funcionários da UnB. Segundo Caldas, as equipes continuam em campo trabalhando, sem prejudicar a prestação de serviço à saúde. 

O coordenador afirmou que a comissão interventora pretende permanecer no Estado entre 60 e 90 dias, período para organizar todos os setores da instituição, inclusive deixar pelo menos encaminhados os processos de licitação e firmar o contrato de táxi aéreo. “Vamos ficar provisoriamente”, disse.

Questionado sobre alguma mudança que poderá fazer no tempo de coordenador da Funasa, Caldas resumiu: “Quero que todas as atividades aconteçam normalmente”, disse ao ressaltar que o intuito do seu trabalho é fazer com que o atendimento à saúde indígena, melhoria sanitária e outros setores da Funasa continuem acontecendo, sem interrupções.

Conforme o coordenador, um engenheiro está prestes a chegar para ser incluído neste grupo provisório da instituição.

ÍNDIOS – Ontem o coordenador Emerson Caldas recebeu o presidente distrital Yanomami, Aracona Yanomami. O assunto principal foi sobre a situação da saúde indígena.

Caldas deixou claro que o diretor do Desai, Wanderley Guenka, está aguardando um posicionamento de Brasília sobre este novo convênio.

Coordenador já conversou com os funcionários presos

A lotação dos servidores da Funasa investigados na Operação Metástase ainda não está totalmente definida. Grande parte já voltou ao setor de trabalho, mas outros ainda estão decidindo se tirarão licença ou férias, caso tenham direito.

Esta orientação inclusive foi dada pelo próprio coordenador da Funasa, Emerson Caldas de Andrade. Conforme explicou, esta seria a decisão mais prudente por parte dos funcionários, depois da exposição na Operação Metástase. “Mas a decisão é individual do funcionário”, disse.

Ontem pela manhã, Caldas esteve reunido com o ex-coordenador, Ramiro Teixeira, que é funcionário de carreira – médico – e naturalmente poderia retornar ao trabalho, depois que sua lotação fosse decidida.

Mas, conforme ressaltou Caldas, ainda não há definição sobre onde Teixeira ficará lotado. “Conversamos e ele ficou de retornar para apresentar a decisão se entrará de licença”, disse.

Ainda sobre a lotação, o coordenador afirmou que um servidor de carreira que estava na CPL (Comissão Permanente de Licitação) terá o cargo ocupado por outra pessoa. Segundo ele, dois funcionários da CPL foram presos na operação, mas um deles retornou ao trabalho no setor de informática onde já estava lotado. “O outro servidor vai tirar licença”, afirmou.

Conforme Caldas, a coordenação da Funasa está providenciando a capacitação de outros servidores para substituir os cargos da CPL. Eles serão capacitados para participar das licitações e dar continuidade às atividades normais da instituição.

A pretensão é que esses servidores sejam lotados na Funasa de Roraima, ou seja, que não seja necessário trazer outros servidores de fora. O curso está previsto para dezembro e acontecerá na Capital.

PROCEDIMENTO - Paralelo à comissão interventora, outra comissão de inspeção, designada pela Auditoria-Geral da Funasa, está realizando levantamento preliminar dos contratos e dos convênios.

O trabalho é para dar subsídio à auditoria de Brasília. Caso seja constatada alguma irregularidade, segundo o coordenador Emerson Caldas, será instaurada sindicância ou processo administrativo disciplinar contra o servidor envolvido no caso.