O atraso no pagamento dos salários dos servidores contratados pela FUB (Fundação Universidade de Brasília), para prestar serviço à Funasa (Fundação Nacional de Saúde), vai resultar em mais uma paralisação da categoria. Ontem, em assembléia geral, os prestadores de serviço decidiram paralisar suas atividades a partir do dia 16 de novembro.
Esta será a décima vez, em menos de dois anos, que os servidores devem parar pelo mesmo motivo: atraso no pagamento dos salários. Desta vez a indefinição quanto a renovação ou cancelamento do convênio e quem será nova contratada pela Funasa também colaborou para deixar os servidores apreensivos.
Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores das Áreas Indígenas de Roraima, José Rondinelle Rodrigues, não existe previsão da data para o pagamento dos salários, por isso os trabalhadores estão impossibilitados de normalizar os serviços. “Não temos condições de continuar”, frisou.
Segundo ele, apenas 30% do efetivo serão mantidos, sendo uma escala de 15 dias de permanência em área e os funcionários de sede cumprindo meio expediente. “Não queremos interromper totalmente as atividades, pois entendemos que os indígenas e os usuários da Funasa não podem ficar sem qualquer assistência, visto que os casos de malária estão aumentando em alguns pólos”, disse.
Rondinelle destacou que a categoria está desgastada com esses movimentos, porque interrompe os serviços de saúde nas áreas indígenas. “Vamos normalizar assim que o pagamento atrasado for efetivado e soubermos como ficará a situação da Funasa”, disse o sindicalista em documento enviado a instituições como Ministério Público Federal, Dsei-Yanomami, Hutukara, Condisi, Funai, FUB e Funasa. Uma nova assembléia será definida segunda-feira na sede da Funasa.
FUNASA – A Assessoria de Imprensa da Funasa informou que a instituição não deve nada a UNB e que todos os pagamentos foram feitos à instituição antes de o convênio expirar.