Foto: Jader Souza |
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Rondinelle Rodrigues, presidente do Sindicato dos Profissionais das Áreas Indígenas |
Prestadores de serviço de saúde na área indígena Yanomami trabalham desde ontem somente com 30% dos profissionais. A decisão, tomada em assembléia na terça-feira passada, foi motivada pela indefinição sobre a questão salarial da categoria, segundo informou o presidente do Sindicato dos Profissionais, Rondinelle Rodrigues.
Na sede da Funasa, em razão do ponto facultativo de ontem, a paralisação parcial só acontece segunda-feira, quando aproximadamente 60 funcionários da administração trabalharão somente meio expediente.
Conforme Rodrigues, desde que o convênio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) com a UnB (Universidade de Brasília) não foi renovado, no início do mês passado, ficou sem definição a questão dos benefícios, inclusive a ajuda de custo.
Segundo o sindicalista, os profissionais de saúde que atuam em campo estão sem condições de trabalhar. O remanejamento das equipes nas áreas acontece a cada 15 dias.
Rodrigues reclama que na UnB não há informação sobre a situação dos funcionários. O problema é que todos continuaram trabalhando embora o convênio não tenha sido renovado.
Na próxima segunda-feira, às 14 horas, o sindicato reúne prestadores de serviço, chefia dos Distritos e o coordenador da Funasa, no auditório da instituição para definir a situação da categoria.
Esta semana, o sindicato encaminhou documento às instituições como: Funai (Fundação Nacional do Índio), Funasa, Associação Hutukara e ainda ao Ministério Público Federal.
FUNASA – A Assessoria de Comunicação da Funasa afirmou que há previsão para que na segunda-feira a Fundação defina qual instituição assumirá o convênio que antes era firmado com a UnB.
Conforme a assessoria, a situação é considerada como emergência. Sobre a situação salarial dos prestadores de serviço, a Funasa afirmou que a conveniada que fechar contrato assumirá o compromisso de pagar os salários. “Eles não serão prejudicados”, informou a assessoria.