Os índios da maloca Papium, no Município de Alto Alegre, liberaram ontem os três aviões da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que foram apreendidos no último domingo, dia 18. Cinco servidores que foram impedidos de deixar a reserva indígena foram libertados. Os outros cinco devem permanecer por mais 15 dias na região.
A negociação para liberação dos servidores foi tensa e durou dois dias. Os índios pediram que a Funasa solucionasse a situação com as instituições conveniadas que prestam serviço nas áreas indígenas.
Somente após muita negociação feita por rádio é que eles resolveram dar um voto de confiança e libertar os servidores que devem retornar novamente para a região yanomami nos próximos 15 dias.
Janio Santos, do setor de operações da Funasa, informou que foi explicada aos índios a necessidade das aeronaves serem liberadas para entregar medicamentos em outras áreas dos 28 pólos existentes. “A situação estava criando dificuldades na manutenção dos serviços como entrega de medicamentos nas áreas indígenas”, disse.
Na próxima segunda-feira, a Funasa deve assinar um acordo para que outra entidade assuma a saúde indígena em Roraima e regularize a situação. Assinarão o convênio o diretor do Distrito Sanitário em Brasília, Wanderley Guenka, além de representantes da Secoya, nova entidade que irá assumir o trabalho.