Foto Jader Souza |
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Servidores de conveniada
que foram dispensados
estão mobilizados na sede da Funasa
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Índios da etnia yanomami impediram ontem que um avião decolasse
da reserva indígena Wabutha, próximo da comunidade Sumaúma,
Município de Alto Alegre. A negociação durou mais de
12 horas até que a aeronave fosse liberada para retornar à cidade.
O avião levava o corpo de uma criança indígena que
tinha morrido a caminho de tratamento médico em Boa Vista. A menina
que estava em estado grave morreu no avião 20 minutos depois de deixar
a reserva. O piloto resolveu, então, retornar para a comunidade.
A Folha apurou que os índios estão com receio de ficarem
sem atendimento médico na área por conta da greve dos servidores
da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Por conta da
não assinatura do convênio com a Secoya, as viagens para as
áreas serão feitas apenas para retirada de servidores. “Não
retornamos mais para áreas indígenas. Vamos retirar quem estiver
dentro e não entra mais ninguém até que esse impasse
seja solucionado”, disse o presidente do Sindicato de Funcionários
da Funasa, Rondinelle Rodrigues.
Segundo ele, há quatro anos os servidores sofrem com o desrespeito
e a falta de seriedade com os convênios. “Esperamos uma decisão
definitiva, pois não existe planejamento para que este tipo de problema
não ocorra e não podemos mais admitir isso”, disse.
Os funcionários estão em manifestação todos
os dias na frente da entidade e na sexta-feira haverá um sopão
para a categoria.