Com o fim do convênio com a Fundação Universidade de Brasília (FUB/UnB), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) vem buscando desde o início do ano resolver os problemas relacionados a esse convênio, no que se refere à prestação de contas e pagamentos de pessoal.

Segundo a Assessoria de Comunicação, a presidência da Funasa já tem disponíveis os mais de R$ 4 milhões solicitados pela Fundação Universidade de Brasília (FUB/UnB) para o pagamento dos servidores que trabalharam após o término do convênio, dia 6 de outubro.

O que ainda está pendente, segundo a Funasa, é a prestação de contas, pois o que foi apresentado antes pela FUB foi somente uma planilha de custos, e a exigência é que seja apresentada uma documentação detalhada das contas com notas fiscais e comprovantes de pagamento das despesas realizadas.

A Funasa informou ainda que no momento os técnicos estão trabalhando na área. Essa preocupação é para que o atendimento aos yanomami não seja interrompido por conta desse período de transição.

NOVO CONVÊNIO - O coordenador-geral da Secoya (Serviço de Cooperação com o Povo Yanomami), Sílvio Cavuscens, informou por telefone que a entidade está em articulação com a Funasa para finalizar o processo de fechamento do convênio com a Funasa, em substituição à FUB.

Ele disse que logo que houver a confirmação do convênio entre as instituições, será aberto um processo seletivo para contratação de profissionais para atuar na área indígena yanomami.

Os servidores que já atuavam na área por meio do antigo convênio com a FUB terão prioridade no processo seletivo. Serão disponibilizadas cerca de 200 vagas, divididas entre profissionais das áreas de saúde, corpo administrativo e pessoal de logística.

“Temos consciência de que não será uma tarefa fácil, pois a proposta é realizar um trabalho diferenciado junto à comunidade indígena yanomami, com profissionais qualificados, dedicados e comprometidos com as questões culturais que envolvem o trabalho”, disse.

DOCUMENTAÇÃO - O presidente do Sindicato dos Profissionais das Áreas Indígenas (Senalba), Rondinelle Rodrigues, informou que ontem estaria chegando um novo lote de documentos enviados pela FUB para que o problema seja resolvido, principalmente no que diz respeito aos 4 meses de salário atrasado.