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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 9 - Dezembro - 2007
Titulo: Em assembléia, índios Yanomami reclamam de invasões na área indígena
Fonte: Folha de Boa Vista

Em assembléia, índios Yanomami reclamam de invasões na área indígena
Da Redação

Cerca de cinqüenta índios Yanomami participaram da 3º Assembléia Regional da Hutukara - Associação Yanomami, organização indígena que completou 3 anos de existência durante o encontro. O evento foi a oportunidade para os índios manifestarem suas preocupações em relação ao avanço do garimpo e entrada de não indios na região.

Durante os dois dias do evento, lideranças Yanomami de todas as regiões reafirmaram ser contra a presença de fazendeiros em suas terras, ressaltando a destruição provocada por eles, o aumento no número de mosquitos (vetores de diversas doenças), a morte de animais e a poluição dos rios.

Além dos impactos ambientais, as lideranças presentes na assembléia repudiaram de forma unânime a situação de dependência na qual se encontram as duas aldeias que vivem sob a influência dos invasores. Os moradores das aldeias vêm sofrendo com o alcoolismo e ameaças constantes dos fazendeiros.

João Davi Yanomami, da região do Paapi u (Rio Couto de Magalhães), foi enfático em afirmar que várias pistas clandestinas estão em atividade dentro da TI, permitindo inúmeros pousos e decolagens de aeronaves, além do lançamento de mantimentos para a sustentação dos garimpos. Entre elas estão: Feijão Queimado, Novo Cruzado, Cambalacho, Buraco Fundo e Pista do Hélio.

O Yanomami Miguel, da aldeia Uxi u, no rio Kayana u, foi direto: \"Lula quer o ouro, pois não tira os garimpeiros da área Yanomami\". De acordo com os índios, garimpeiros vindos da Venezuela também estariam envolvidos na extração ilegal do minério.

Na esteira das discussões sobre o garimpo - forma de mineração mais conhecida pelos Yanomami - a assembléia da Hutukara foi oportunidade de discussão sobre a possibilidade de liberação da mineração em Terras Indígenas , a partir de Projeto de Lei (PL) que tramita em regime de prioridade no Congresso Nacional. Nesse tópico, as lideranças indígenas foram novamente unânimes: pretendem lutar até o fim na defesa de suas terras e de seus direitos, e não permitirão a entrada de mineradoras na Terra Yanomami.

Por fim, a invasão recorrente de militares venezuelanos na região do Xitei foi abordada por alguns participantes, que disseram estar incomodados pelos constantes sobrevôos de helicópteros sobre suas aldeias. \"Será que eles estão abrindo clareiras na nossa região?\" perguntaram os índios. Além disso, as recentes incursões do Exército Brasileiro, sem comunicar previamente os Yanomami, causaram protestos entre as lideranças, que exigem ser consultadas para que a presença dos militares não cause danos ao meio ambiente e ao dia-a-dia das aldeias.

A assembléia contou com representantes de 11 regiões da Terra Indígena Yanomami (Demini, Homoxi, Toototopi, Kayana u, Alto Mucajaí, Baixo Mucajaí, Missão Catrimani, Uxi u, Paapi u, Novo Demini e Auaris), além de representantes do Conselho Indígena de Roraima (CIR). A presença de colaboradores não-indígenas se deu pela participação de nove instituições: Instituto Isikiran, Funai, Funasa, Diocese de Roraima, Comissão Pró-Yanomami (CCPY), Gerencia Regional do Patrimônio da União (GRPU/MP), Ibama, Ministério Público de Roraima e Instituto Socioambiental (ISA).

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)

 

 

 


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