Selecione o Periodo:
De
   
Até
 

 



Clique e acesse o projeto Cartografia Yanomami
 
Clique e acesse !
 
Clique e acesse !

 

Pesquisa Geral
 

Brasília,     


.  

 

 

 


Untitled Document

Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 24 - Março - 2008
Titulo: MP investiga mau uso de verba para saúde indígena por fundação ligada à UnB
Fonte: Globo Online

MP investiga mau uso de verba para saúde indígena por fundação ligada à UnB
Jornal Nacional

RIO - Denúncia do Ministério Público diz que dinheiro público destinado à saúde de índios foi gasto em festas, em viagens e em objetos de luxo. O desvio de recursos ocorreu em uma fundação ligada à Universidade de Brasília (UnB).

Uma pilha de papel é o rastro do dinheiro público desviado pela Funsaúde, que deveria ter sido aplicado em atendimento à saúde indígena. Era este o objetivo do convênio fechado entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a UnB. Só no ano passado, a Funasa repassou quase R$ 14 milhões para a UnB. Mas, em vez de garantir atendimento médico aos índios xavante e ianomâmis, a Funsaúde gastou R$ 9 mil para comprar nove canetas de luxo. Em cinco TVs de LCD, mais R$ 13,75 mil.

A Funsaúde também financiou festas em Brasília. Só com o aluguel de uma mansão, foram gastos R$ 8 mil. Um café da manhã com almoço para 200 pessoas custou R$ 6,4 mil. Em um restaurante, um almoço da reitoria em homenagem ao ministro da Cultura da Espanha saiu por R$ 5,172 mil. O dinheiro da saúde indígena também pagou um projeto de R$ 6 mil para reformar o prédio onde funciona a editora da universidade.

Os documentos obtidos pelo Ministério Público revelam que todos os gastos irregulares foram autorizados por Alexandre Lima, diretor da editora da UnB. Lima foi indicado pela universidade para administrar na Funsaúde o dinheiro repassado pelo Governo Federal.

A investigação mostrou que, por sugestão de Alexandre Lima, a Funsaúde aumentou de 5% para 7,5% a taxa cobrada para administrar o convênio e descobriu que um terço do valor cobrado era enviado para uma conta bancária movimentada exclusivamente por Lima.

Segundo o Ministério Público, Lima também usou o dinheiro da saúde indígena para pagar passagens aéreas para ele, vários parentes e para Lécia Mulholland, mulher do reitor da UnB Timothy Mulholland. O reitor esteve envolvido com outra fundação, a Finatec, suspeita de desviar dinheiro de pesquisa para pagar uma reforma de quase R$ 500 mil no apartamento onde Mulholland morava.

Para o Ministério Público, as provas obtidas até agora são indícios de vários crimes. Entre eles, de peculato, que é o uso de cargo público para benefício próprio.

- Uma sistemática, digamos, grotesca onde se desvia recursos públicos para todas as finalidades, pessoais, finalidades de luxo e no final das contas o recurso público que deveria servir pra uma finalidade pública social não é atendida e sim destinada a gastos que só atendem a um determinado grupo de pessoas - explica o promotor público Ricardo de Souza.

A Funsaúde informou que pediu a substituição de Alexandre de Lima no mês passado. Lima pediu afastamento do cargo de diretor da editora da UnB. O reitor Timothy Mullholland disse que vai apurar a denúncia e a Funasa declarou que os contratos com a UnB não serão renovados.

 

 

Untitled Document
Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)

 

 

 


  Para informações adicionais favor enviar

  e-mail para o escritório central da
  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

Comissão Pró-Yanomami © 2007
A comissão incentiva a veiculação dos textos desde citadas as fontes.