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Brasília,     


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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 24 - Março - 2008
Titulo: A Fundação Universidade de Brasília (FUB) e o descalabro do Distrito Sanitário Yanomami
Fonte: CCPY - Comissão Pró-Yanomami

Comunicado CCPY-URIHI URGENTE - Mar/2008

A URIHI, a CCPY e a HUTUKARA Associação Yanomami vêm denunciando desde 2004 a rápida degradação da situação sanitária na TI Yanomami bem como o inexplicável e espetacular crescimento dos orçamentos investidos na FUNASA de Roraima.

  • Ler os Comunicados URIHI e Boletins CCPY de 2004 a 2007 sobre a degradação da saúde Yanomami:
    http://www.proyanomami.org.br/v0904/index.asp?pag=boletim

    Esta situação escandalosa achou parte de sua explicação nas investigações da Operação Metástase lançada na FUNASA-RR pela Policia Federal em 25/10/07. Porém, pouco antes da Operação Metástase, em 3/10/2007, as entidades pró-yanomami denunciaram também a renovação de um polêmico convênio da FUNASA com a Fundação Universidade de Brasília (FUB) para a saúde Yanomami.

  • Ler o Comunicado URIHI de outubro de 2007: Saúde Yanomami: crônica de um descalabro anunciado:
    http://www.proyanomami.org.br/boletimMail/yanoComunicado/html/...

    De fato, graves irregularidades têm sido detectadas na gestão deste convênio pelo Ministério Público Federal e o pelo Tribunal de Contas da União - TCU em seu Acórdão 1026/2007 (Processo TC-019.700/2005-4).  Este julgamento teve ampla repercussão na imprensa nacional. Bastará citar aqui o eloqüente editorial do O Estado de S. Paulo de 26/6/2007:

    “O caso mais grave de mau uso de dinheiro público, julgado recentemente pelo TCU, refere-se a um convênio firmado em 2004 pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e pela Fundação Universidade de Brasília (FUB) para a prestação de assistência médica a uma tribo ianomâmi. O processo administrativo foi instruído por uma auditoria pedida pela Procuradoria-Geral da República. Segundo o TCU, o valor original do convênio era de R$ 10,9 milhões, mas, depois de receber 12 aditivos, passou a valer R$ 25,9 milhões. Além disso, não houve licitação pública para a contratação do órgão responsável pela assistência médica aos ianomâmis e parte dos recursos repassados pela Funasa à FUB acabou sendo utilizada para o pagamento de funcionários terceirizados. Entre as irregularidades detectadas pelos auditores do TCU estão autorizações de despesas sem correlação com as metas previstas pelo convênio, pagamento de pessoas sem especificação das funções que desempenharam e até despesas com serviços de taxi aéreo. Por fim, como o Estado mostrou em reportagem, os benefícios propiciados aos ianomâmis foram classificados como duvidosos, uma vez que o número de casos de malária aumentou significativamente durante a vigência do convênio.”

  • Ler o Acórdão do TCU sobre o convênio da FUB (p. 68 do documento PDF):
    http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/SESSOES/ATAS/PLENARIO...

    Entretanto, apesar dos fortes indícios de corrupção, a decorrente investigação pelo MPF e a posterior condenação pelo TCU em 30/5/2007, o convênio da FUB foi renovado pela FUNASA diversas vezes até a véspera da Operação Metástase. Essa renovação sempre contou com o zeloso apoio do Coordenador Regional da FUNASA de Roraima, Dr. Ramiro Teixeira, apontado pela PF como o chefe da quadrilha responsável pelo desvio de 34 milhões de reais da saúde indígena de Roraima.

  • Ler a defesa do convênio da FUB pelo Coordenador da FUNASA-RR, Dr. Ramiro Teixeira, contra as denúncias da Hutukara Associação Yanomami, dois dias antes de ser preso pela PF:
    http://www.folhabv.com.br/noticia.php?pageNum_editorias=2&editoria...

    Nos últimos dias, através de mais investigações do Ministério Público do Distrito Federal (MPDF), divulgadas pelo Jornal Nacional da Globo, foi revelada a outra vertente da corrupção responsável pela degradação catastrófica da assistência em saúde na TI Yanomami desde 2004. A Fundação Universidade de Brasília e seus satélites (FUBRA, FUNSAÚDE, Editora da UnB), como se suspeitava há anos, tinha organizado um esquema de desvio sistemático dos recursos da saúde indígena, para gastos em festas, passagens e objetos de luxo – isto sem contar a contratação por anos de numerosos funcionários fantasmas, a parte maior do golpe, sobre a qual outras investigações estão em curso.

  • Ver as reportagens do JN da Globo :
    http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM805208...
    http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM805350...
    http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM805218...

    Cabe aqui uma pergunta. Por que tanta e persistente benevolência da direção atual da FUNASA com o convênio da FUB (2004-2007), condenado pelo MPF e pelo TCU em maio de 2007, e cujo vultoso orçamento resultou em indicadores sanitários cada vez mais calamitosos na TI Yanomami, incluindo um aumento astronômico da malária? Sabendo, ainda, que esta entidade é, muito provavelmente, a maior beneficiária em convênios de saúde indígena no Brasil, alcançando, no período, um valor total de cerca de R$ 66 milhões de reais .

  • Ver os Convênios FUNASA-FUB 2004-2007 (para as etnias Yanomami e Xavante, principalmente):
    http://www.cgu.gov.br/convenios/DetalhaConvenio.asp?CodConvenio=506137
    http://www.cgu.gov.br/convenios/DetalhaConvenio.asp?CodConvenio=501354
    http://www.cgu.gov.br/convenios/DetalhaConvenio.asp?CodConvenio=528661
    http://www.cgu.gov.br/convenios/DetalhaConvenio.asp?CodConvenio=509382

    Finalmente, há de se perguntar também até onde irá a corrupção que assola o orçamento da saúde Yanomami desde 2004, espoliado de um lado pela quadrilha da FUNASA-Roraima desbaratada pela intervenção da PF em outubro de 2007 ( da qual ainda esperamos o desfecho judiciário ) e do outro, em Brasília, pelas entidades dependentes da Fundação Universidade de Brasília (FUBRA, FUNSAÚDE, Editora da UnB) hoje incriminadas pelo MPDF. Enquanto os corruptos organizam rinha de galos (Roraima) e compram canetas Mont Blanc e telas planas (Brasília) com o dinheiro público alocado à saúde indígena, na TI Yanomami os funcionários de saúde há seis meses aguardam o pagamento dos salários atrasados, os remédios e o material médico estão em falta crônica e a malária voltou a patamares assustadores, recomeçando a matar os filhos dos Yanomami.

    Quais serão os limites do cinismo dos vampiros da saúde yanomami? E quando os poderes públicos tomarão providências efetivas para pôr um fim nesta escandalosa dilapidação de recursos públicos e reorganizar decentemente a gestão do Distrito Sanitário Yanomami, em lugar de consagrar seus esforços em perseguir as entidades que, há anos, denunciam estes escândalos?



URIHI - Saúde Yanomami
CCPY - Comissão Pró-Yanomami

Março de 2008

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)

 

 

 


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  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

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