Pro Yanomami
Sem salário, funcionários da Secoya ameaçam paralisar
Da Redação
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Coordenador regional da Funasa, Marcelo Lopes, conversou com terceirizados. |
Os profissionais subordinados à Secoya, organização não-governamental que presta atendimento à saúde yanomami, por meio de convênio com a Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), decidiram em assembléia ontem, por volta das 16h, por uma possível paralisação para a próxima sexta-feira.
Depois de uma reunião com o coordenador regional da Funasa, Marcelo Lopes, a categoria afirmou que, caso as reivindicações não forem atendidas, os profissionais paralisam os trabalhos e podem, até mesmo, deflagrar greve, algo que dependerá dos futuros acontecimentos.
A classe exige o pagamento de salários atrasados há mais de dois meses, a aquisição de alimentação aos empregados que prestam serviço em área indígena e medicamentos para os atendidos pela Secoya.
“Em caso de uma possível greve por tempo indeterminado, cumpriremos o que a lei determina e manteremos 30% dos trabalhos funcionando e priorizaremos os trabalhos essenciais”, explicou Reginaldo Silva, técnico em enfermagem e um dos associados ao sindicato da categoria.
Segundo ele, mais de 120 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, pessoal de apoio e infra-estrutura prestam atendimento à saúde de índios do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).
FUNASA – O coordenador regional da Funasa, Marcelo Lopes, explicou que o repasse do dinheiro à Secoya para a realização do pagamento da categoria e aquisição de mantimentos será feito até a próxima sexta. Quanto à medicação, ele assegura que o abastecimento está sendo regularizado gradativamente.